quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Recifes de corais brasileiros

Recifes de corais brasileiros ameaçados A expansão imobiliária no litoral, o turismo predatório e a indústria se tornam grandes inimigos dos recifes de corais costeiros do Brasil. Os efeitos da presença humana se tornam às anomalias térmicas, causa clássica do fenômeno do branqueamento dos corais. Os recifes de corais são ecossistemas mais repletos da vida marinha. Sua formação oferece alimentos, abrigo e cria grande estrutura de troca biológicas. O rompimento de equilíbrio normalmente representa o inicio de uma seqüência de danos ao meio ambiente, com reflexos também para a pesca artesanal e para o turismo, que utiliza o mergulho em recifes como opção nas viagens ao litoral. O branqueamento dos recifes de corais no Brasil começou a ser verificado desde os anos 80 e ganhou acompanhamento sistemático a partir de1993. Como em outros estudos, os registros periódicos associam o branqueamento à ocorrência de El Niño, em particular quando a temperatura da superfície do mar sobe e seus efeitos são notados com mais intimidade, a depender do período em que a temperatura se mantém além do normal e de quantos décimos de grau centigrados for essa elevação. A Doutora Zelinda Leão, uma das lideres do laboratório de Estudos Costeiros do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (UFBA), apontou que algumas espécies de corais são mais afetadas que outras. “Tanto no percentual de colônias branqueadas como no grau de branqueamento. Estes percentuais variam dentro de um mesmo recife, em recifes localizados na mesma região ou em áreas recifais diferentes”, conta Zelinda. Como exemplo, seu trabalho cita a espécie Mussismilia braziliensis, que apresentou baixa freqüência de colônias branqueadas nos recifes no Parque Nacional Marinho de Abrolhos (inferior a 3%), enquanto que nos recifes da Ilha de Tinharé e Boipeba ( n0 litoral sul baiano) o percentual de colônias branqueadas desta espécie alcançou 24%. Vale dizer que Tinharé e Boipeba estão na zona costeira. Os recifes costeiros de Abrolhos estão cerca de 15 km afastados da costa. (Fonte: Jornal a Gazeta, de 14/08/2011, Turismo & Meio Ambiente)