segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Escola Estadual Mineko Hayashida vence o I Festival de Bandas Marciais da 50ª Expofeira
Da Redação
Agência Amapá
A-A+Tamanho da Letra
ESFORÇO RECONHECIDO: vencer o festival representa uma vitória significativa para os alunos do Vale do Jari, uma vez que eles estão ensaiando há um anoO título de Melhor Banda Marcial do Estado foi para a Escola Estadual Mineko Hayashida, do município de Laranjal do Jari. A instituição concorreu com mais cinco escolas neste sábado, 5, na final do I Festival de Bandas Marciais da 50ª Expofeira Agropecuária.
A Banda Marcial do Vale do Jari levou para o Palco da Rainha gêneros musicais como funk, axé e pop, que empolgaram e agitaram o público presente. Durante três dias, passaram pelo palco oito bandas das escolas estaduais.
O festival serviu de incentivo para que outras escolas criem suas bandas, pois essa foi uma oportunidade de intercâmbio e de compartilhar experiências entre as instituições participantes. De acordo com a secretária de Estado da Educação, Elda Araújo, a Governo do Amapá está investindo no resgate das bandas marciais das escolas. "Esse é o primeiro concurso que promovemos e, por uma iniciativa do governador Camilo Capiberibe, resgatamos essa iniciativa que estava parada desde 1991, visando valorizar a prática da música em nossas escolas", destacou.
Os nove jurados avaliaram os quesitos: afinação, ritmo / precisão ritmica, dinâmica, regência, técnica instrumental, equilíbrio instrumental, equilíbrio entre percussão e instrumentos melódicos e variedade instrumental. Cada escola teve vinte minutos de apresentação, sendo os cinco primeiros minutos para apresentação e aquecimento dos instrumentos.
A diretora da Escola Estadual Mineko Hayashida, Erica Soares, enfatizou que vencer esse festival representa uma vitória significativa para os alunos, uma vez que eles estão ensaiando há um ano. "A escola já venceu outros festivais em Laranjal, mas esse tem um valor diferente por se tratar de um concurso em nível de Estado, e os alunos não mediram esforços para chegar a esse momento, pois ensaiavam de domingo a domingo", lembrou a gestora.
Todas as escolas receberam troféu de participação e os três primeiros lugares levaram premiação em dinheiro. O 1º lugar ganhou R$ 5 mil e troféu; o 2º, R$ 3 mil e o 3º lugar, R$ 2 mil. O troféu é itinerante. Cada escola irá defender a permanência dele na escola no ano seguinte. Caso a instituição perca o concurso, o troféu irá para outra escola e/ou município.
A diretora da Escola Esther Virgolino, Mary Sucupira, falou do significado do prêmio. "Essa é uma conquista que beneficia tanto a comunidade escolar quanto a Secretaria de Educação pelo belíssimo trabalho que foi feito nesse festival", enfatizou a gestora.
O diretor do Colégio Amapaense, Enilton Júnior, destacou o resgate de uma banda tradicional como a do CA. "A nossa banda estava parada desde 1988 e eu tive o prazer de fazer parte desse momento e hoje, como diretor, retomei a banda, que não teve nem 30 ensaios e no concurso conquistamos o terceiro lugar, por isso digo que meus alunos são uns guerreiros", avaliou.
Veja a colocação das escolas
1. Escola Estadual Mineko Hayashida
2. Escola Estadual Esther Virgolino
3. Escola Estadual Colégio Amapaense
Adryany Magalhães/Seed

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Menu
Como tudo começou?
A 50ª Expofeira Agropecuária do Amapá é uma edição histórica já considerada o maior evento de agronegócio da Amazônia Brasileira. Será realizada no período de 27 de setembro a 6 de outubro de 2013. O Parque de Exposição Engenheiro Agrônomo Antônio Roberto Ferreira da Silva, no Distrito de Fazendinha, em Macapá - ocupando uma área de 167 mil m² -, foi preparado especialmente para comemorar meio século de avanços no setor de agronegócio do Estado do Amapá.
Nesta edição haverá a exposição do Memorial sintetizando o histórico dos 70 anos do desmembramento do Pará e a criação do Território Federal do Amapá e os 50 anos das edições da Expofeira.
Além da tradicional exposição e comercialização de animais e produtos agrícolas, pelo terceiro ano consecutivo contará com o Pavilhão Internacional de Oportunidades e Negócios, no espaço de 3.380m², o qual será um dos atrativos do maior evento do Amapá, oportunizando vários negócios para a iniciativa privada e consequente geração de emprego e renda no Estado.
Do Amapá para o mundo
Está confirmada a presença da Embaixada do Japão, a Câmara de Comércio e Indústria da Guiana Francesa (CCIG), a Câmara de Comércio do Suriname (KKF), onde deverão elencar oportunidades na área de comércio exterior que poderão ser ampliada entre os países, a exemplo de 2012.
Esse Pavilhão reunirá os mais variados segmentos da construção civil, grãos, transportes, logística, mineradoras, comércio, agentes financeiros, moveleiros, agroindústria, artesanato e outros setores econômicos do Governo do Estado e da iniciativa privada.
Para compor esse cenário amazônico, um barco de nove metros ficará exposto na entrada do Pavilhão Internacional de Oportunidades e Negócios, destacando o Programa de Obras e Ações para Mudar o Amapá (PROAMAPÁ), através do qual o governo está trabalhando para que o Estado tenha sustentabilidade e que as empresas se desenvolvam gerando mais emprego e renda à população.
O barco simboliza, na Região Amazônica, o veículo fluvial mais utilizado como meio de transporte e escoamento de produtos do Amapá, enfatizando ainda o investimento que o governador Camilo Capiberibe vem dedicando à carpintaria naval, através de linhas de crédito. "O projeto segue a todo vapor", ilustrou o governador.
A organização da 50ª Expofeira Agropecuária do Amapá está a cargo da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), sob a direção de Cristina Almeida, que garante uma versão também histórica para comemorar a data.
A origem da Expofeira
Tudo começou no sábado, 13 de setembro de 1947. Era o aniversário do 4º ano do desmembramento do Estado do Pará e a emancipação política, geográfica e econômica do então Território Federal do Amapá. E com toda a pompa visionária do então capitão Janary Gentil Nunes, primeiro governador, nomeado pelo presidente Getúlio Vargas, para tornar o Amapá numa expressão nacional, ele recebia as autoridades da época para a inauguração oficial da I Feira de Animais e Produtos Agropecuários.
A rigor, desde 1947 a 2013, seriam 66 anos. Mas contabilizam-se apenas as edições das Expofeiras, que registram meio século de atividades. A Festa do Criador, como chamavam a Feira, era esperada com expectativa durante o ano todo.
Entre as autoridades estava o prefeito José Serra e Silva, o conhecido Duca Serra, imortalizado com o nome da rodovia que liga Macapá a Santana. Ele veio acompanhado do juiz de Direito José de Ribamar Hall de Moura e do tenente Uadih Charone, comandante da extinta Guarda Territorial. O evento ocorreu na Praça Barão do Rio Branco.
A preocupação de Janary Nunes era fomentar a atividade agropecuária e pesqueira da região. Era o começo do desenvolvimento da economia amapaense numa área de 142.828,521 km² de uma imensa floresta, rios, lagos, igarapés e minérios tudo por fazer.
A Expofeira foi criada para ser uma vitrine incentivadora de produção e comercialização de produtos agropecuários. Com o passar dos anos, foram sendo agregadas à Feira atividades atrativas como leilão de animais, desfile dos estudantes, rodeios e uma grande praça de alimentação a céu aberto com as iguarias regionais.
Para animar a festa foi incluída à apresentação do folclore expoentes como o Marabaixo de Macapá, Zimba de Calçoene (Cunani) e Sairé de Mazagão. A professora Creuza Bordallo, observando a grande oportunidade para desenvolver a arte teatral, incluiu a apresentação de peças teatrais na arena improvisada na Praça Barão.
E como todo grande evento que se preza, a banda de música precisa estar presente em todas as manifestações e eventos comemorativos. Desde então, a "Furiosa", como foi batizada a Banda de Música da Guarda Territorial, passou a fazer parte do cenário cultural dos eventos oficiais.
A Expofeira no Estádio Glicério Marques
A Praça Barão do Rio Branco ficou pequena para o número de pessoas que vinham de todos os municípios e dos habitantes das Ilhas do Pará. A Expofeira foi transferida para o Estádio Municipal Glicério Marques, a partir de 1952. Na parte lateral do Estádio eram construídas as estruturas em madeira para as atividades comerciais e lúdicas. O gramado, devidamente protegido, era usado para a apresentação de shows.
Espaço definitivo em Fazendinha
A partir de 1966, o evento passou a ter instalações próprias, com a adequação da infraestrutura inicial na fazenda-modelo do governo territorial. O mestre de obras José Procópio foi indicado para ser o responsável pela montagem do Parque de Exposições, inicialmente com edificações rudimentares, em Fazendinha.
E a Feira foi incorporando outros setores do governo territorial. O engenheiro agrônomo e um dos pioneiros, Nady Bastos Genu, da então Divisão de Produção, integrou ao evento a produção de leite, queijo, farinha, ovos, pintos de granja, bovinos, suínos, caprinos e equinos, em fase de desenvolvimento na Fazendinha.
Aos poucos, o Parque de Exposições foi cedendo espaço para a comercialização de eletrodomésticos, veículos, máquinas para as atividades domésticas, brincadeiras, jogos, como num grande arraial. E a cada ano uma novidade era acrescentada nesse numeroso evento, que reunia grande parte da população de Macapá e de outras localidades. A Feira tornou-se um ponto de encontro. Depois do Círio de Nazaré, era quem mais reunia a população do então Território do Amapá.
Feira do PDSA
Com os grandes resultados obtidos no Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá (PDSA), o então governador João Alberto Rodrigues Capiberibe resolveu incorporar à Expofeira a Feira do PDSA, com destaque a empreendimentos para a produção sustentável, com ênfase ao desenvolvimento das indústrias extrativas, maquinários e outros produtos da agroindústria.
A Feira do PDSA transformou-se numa vitrine nacional e atraindo empreendedores internacionais. Despertou o interesse de criadores de várias regiões e os peões da região de Barretos (SP), que inovaram os rodeios em Macapá. Começou a ganhar espaço na mídia nacional e em jornais internacionais como o "Le Figaro", da França, que estampou, no segundo caderno do dia 20 de outubro de 2001, uma ampla reportagem sobre o "ex-guerrilheiro que se tornou um grande chefe de Estado", fazendo referências a João Alberto Capiberibe.
A castanha-do-brasil, extraída pelos produtores de Iratapuru, em Laranjal do Jari, passou a atrair interesse da agroindústria cosmética nacional e internacional, além de variadas formas de aproveitamento da amêndoa na indústria alimentícia.
O açaí deixa de ser apenas um complemento alimentar da população pobre e começa a frequentar as gôndolas de supermercados nacionais, sendo ainda o atrativo principal dos frequentadores de academias de ginástica do mundo inteiro. Os artefatos indígenas e iguarias dos ribeirinhos, óleos medicinais - como copaíba, andiroba, pracaxi e outros - ultrapassaram as fronteiras, abrindo um novo e promissor mercado exportador. Flagrâncias da floresta passaram a fazer parte dessa ideia de sustentabilidade nesse cenário econômico da Expofeira.
A 4ª Feira do PDSA inaugurou a grande inovação no setor empresarial. Os estandes padronizados passaram a compor um cenário arquitetônico muito mais organizado e belo. Os povos da floresta, como os indígenas e ribeirinhos, passaram a compor esse novo cenário, trazendo e comercializando os produtos.
Expansão da Expofeira
Inspirados no sucesso da Expofeira do Amapá, os produtores dos municípios amapaenses passaram a criar a Expofeira local. Durante uma semana, as produções agrícolas como queijo, leite e todos os elementos da cadeia produtiva passaram a ter espaço na Expofeira Agropesc, unindo produtores de Calçoene, Oiapoque e região do Araguari. Essa atividade está incluída no calendário de eventos de todos os municípios do Amapá.
Édi Prado/Secom
Fonte e arquivo fotográfico: Edgar Rodrigues e Museu Sacaca
agenciaamapa.com.br/site/expofeira/2013/416