quarta-feira, 5 de março de 2014

VER A BANDA PASSAR...











A Banda é, sem duvida, a manifestação mais espontânea do carnaval amapaense, tendo entrado para a história por reunir mais de 150 mil brincantes.
O historiador Edgar de Paula Rodrigues, que dedica um verbete do bloco em sua Enciclopédia do Amapá obra ainda inédita, lembra que a Banda surgiu em Macapá em 02 de março de 1965 como forma de ato politico e depois de movimento contra o sistema de governo da década de 60. Seu embrião teve origem na sede do Amapá Esporte Clube.

De acordo como um dos principais fundadores, José Figueiredo de Souza (Savino), o embrião da Banda foi um jogo de cartas, na sede do Amapá Clube. Nesta época, a grande discussão das rodas intelectuais era a candidatura de Janary Nunes ao cargo de deputado federal, candidato que não era muito simpático aos olhos e ouvidos de Luís Mendes da Silva, conhecido como o homem da chibata, governador do extinto Território Federal do Amapá.

Em plena quadra momesca, cerca de 14 a 15 foliões saíram da sede do Amapá Clube e foram às ruas cantando a musica de Chico Buarque, A Banda, fizeram um percurso de 5,5 Km e caminharam pela presidente Vargas, Candido Mendes, Tiradentes, Feliciano Coelho, Leopoldo Machado e FAB. Já havia uma espécie de cinturão asfáltico (borra asfáltica), o que facilitou o trajeto dos brincantes. Entre eles estavam os fundadores do bloco: Jarbas gato, Amujaci Borges de Alencar, Savino, Decimam Borges de Alencar, mestre Cutião, Agostinho Borges de Alencar, José Maria Frota de Almeida, Zequinha do cartório, Aderbal Lacerda, Osmar (Andorinha), Ramiraves (Carroceiro) e Sussuarana (Gordo).

Hoje a Banda é uma entidade de utilidade pública estadual e municipal, e consagrada como Patrimônio Cultural do Município de Macapá. Atualmente já não existe distribuição gratuita de bebida alcoólica, que era feita numa carroça, batizada de farmácia.



A boneca Chicona, até hoje uma das principais atrações do bloco, foi fruto da imaginação criativa de mestre Cutião. Outros bonecos foram criados. Surgiu então o Anhanguera, que acabou casando com a Chicona, uma inspiração de Raimundo Picanço, mais conhecido como Wanderley. O boneco Arizinho veio depois, criação do advogado José de Arimathéia. A boneca Iracema foi criada pelo Advogado Helder José Carneiro de Souza e o boneco Cutião foi criado em homenagem a Mestre Cutião.



















Fonte: Diário do Amapá ( CD Carnaval Amapaense sua história e sambas de enredo)

sábado, 1 de março de 2014

Veículos de comunicação investem na transmissão dos desfiles no Sambódromo
Maiara Pires
maiarapires22@gmail.com
Da Redação - Agência Amapá
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Os ritmos e cores que embalam milhares de brincantes na passarela do samba chamam a atenção dos veículos de comunicação do Amapá, que mobilizam equipes dentro e fora da área do Sambódromo.
São emissoras de rádio, televisão, portais de notícias e de entretenimento, revistas e jornais impressos que cobrem os detalhes dos desfiles das escolas de samba. E dezenas de profissionais de comunicação escalados para os dois dias do evento na Avenida Ivaldo Veras.
A TV Equinócio, afiliada à Rede Record, por exemplo, mobilizou uma equipe de 30 profissionais, entre repórteres, cinegrafistas, técnicos, produtores e diretores para estrear sua primeira transmissão em HD.
"Essa ousada iniciativa faz parte do projeto de modernização que a emissora vem passando desde o fim de 2013. É a nossa primeira experiência e estamos conseguindo alcançar o objetivo de deixar o público amapaense informado, em tempo real, do que está acontecendo no Sambódromo", comentou a diretora de Jornalismo da TV Equinócio, Sandrielle Palmerim.
As emissoras que transmitem o evento ao vivo continuam apostando no patrocínio do empresariado local para cobrir o alto custo com as despesas da atividade. "Encontramos muitas dificuldades para convencer os empresários a investir no Carnaval com a divulgação de suas marcas através da mídia", contou a produtora Rosélia Borges, da TV Tucuju, afiliada à Rede TV!, pioneira na transmissão dos desfiles das escolas de samba no Amapá.