sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Viajar é diminuir as distâncias entre você e seus sonhos, mais um relato de uma viagem inesquecivel








Séculos de historia, culturas milenares, arte maior dos povos antigos. Tive a oportunidade de admirar o talento do homem transformando e mudando o curso da historia. Petra um dos grandes tesouros arqueológicos do mundo, as Pirâmides dos faraós, os caminhos percorridos por Jesus na Terra Santa. Um panorama de beleza, fé e capacidade de realizações.

No dia 01/setembro/2015, iniciamos uma viagem e Peregrinação ao Egito, Jordânia e Terra Santa, com o Padre Fernando Cardoso em Israel. A viagem foi realizada pela Li & lu Viagens e Excursões. E também Uma representante da Operadora nos acompanhou. Uma jovem muito competente e um doce de criatura (Daniela). Nossa Peregrinação transcorreu com tranquilidade e segurança.

No dia 01/setembro embarcamos em S. Paulo para Londres, Assim que chegamos,iniciamos nossa viagem com uma visita em Londres! Pudemos ver o Big Ben, London Eye, a Abadia de Westminster e apreciar os famosos Fiches & Chips na frente do rio Thames.

Depois desta parada em Londres, seguimos a nossa viagem com destino TEL AVIV/Israel, ficando hospedada no Hotel Marina (Hotel Leonardo Art)


Iniciamos o nosso dia com uma tour panorâmico pela cidade de Tel Aviv, que é o centro econômico, político, intelectual e cultural de Israel. Uma cidade jovem, muito linda e com uma bela paisagem do mar Mediterrâneo.
Depois de conhecer a origem desta cidade, que iniciou-se com 40 famílias judias russas, partimos para visitarmos Jope, que está localizado o porto mais antigo de Israel. Neste local tivemos uma belissima vista panorâmica da orla de Tel Aviv. Em Jope, pudemos conhecer a Igreja de São Pedro. Ali tivemos os episódios da vida de Pedro, da profecia de Jonas e muito mais.

 Iniciamos nossa peregrinação com destino a Tiberíades (Tiveria), localizada na praia ocidental, Tiberíades mantém-se como o maior povoado em torno do Mar da Galileia. O Rei Herodes Antipas, o filho de Herodes o Grande, fundou a cidade e deu-lhe o nome em homenagem ao imperador romano Tibério, que governou de 14 a 37 d,c. Nesse reinado, Pôncio Pilatos foi nomeado governador da Judeia. A partir de uma perspectiva Judaica, Tiberíades adquire uma importância como uma dos quatros cidades sagradas (as outras são: Jerusalém, Hebron e Safed). Durante o segundo e o terceiro séculos. Tiberíades tornou-se como o centro de estudos judaicos. A fronteira  ocidental da antiga cidade era assinalada pelo monte Berenice, que ainda oferece um vista espetacular de Tiberíades  e do mar da Galileia. Neste monte, arqueológico encontraram ruínas de fortificações  e prédios administrativo do período romanos e igrejas de períodos anteriores. Em 1033, Tiberíades foi destruída por um terremoto. A cidade foi mais tarde, reconstruída pelos cruzados, que a transferiram para o norte, sua atual localização.


“Entretanto, outros barquinhos chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde comeram o pão, tendo o Senhor dado graças.” (João 6:23)
Passamos por JOBE, uma das cidades mais antiga, Cesárea Marítima, Monte Carmelo e Nazareth, para visitar a basílica da Anunciação e a Igreja de S. José.



 Cesarea marítima, a cidade construída pelo Rei Herodes para festejar a chegada do novo imperador Romano, Octavianos, que adotou o título de Cesar. Que lindo o anfiteatro, que linda paisagem do palácio, que interessante conhecer o hipódromo. Interessante também saber como a história ao longo dos anos influenciou o uso deste local, as características das construções o uso dos espaços de acordo com o período: bizantino, árabe, dos cruzados, tempo moderno, etc.




Cesárea é um dos sítios arqueológicos mais magníficos e interessantes na costa da Terra Santa. No primeiro século a.C Herodes, o Grande, reconstruiu a cidade sobre um local chamado Torre de Straton. Ele a chamou Cesária em homenagem ao imperador romano Augusto Cesar.





 Continuamos nosso passeio até Haifa, uma importante cidade portuária, localizada entre a cordilheira do Carmelo e as regiões costeiras, é a terceira maior cidade de Israel, tivemos uma bela vista panorâmica desde Monte Castelo, A vista é espetacular, uma vez que o vale Jezreel desdobra-se a baixo.


 Conhecemos a Gruta de Elias, em Stela Maris, no Monte Carmelo. Uma paisagem lindissima desta cidade que hoje é referência da Industria em Israel.








Continuamos nosso passeio até Haifa, uma importante cidade portuária, localizada entre a cordilheira do Carmelo e as regiões costeiras, é a terceira maior cidade de Israel, tivemos uma bela vista panorâmica desde Monte Castelo, A vista é espetacular, uma vez que o vale Jezreel desdobra-se a baixo. O Mosteiro pertence à Ordem das Carmelitas local onde Elias vence os profetas de Baal e teve êxito em provar as pessoas que Deus de Israel é o verdadeiro Deus. (1 Reis 18:17-40)

Fomos a Nazareth, para visitar a Basílica da Anunciação e a Igreja de São José. Nazareth é a cidade de Maria, a Virgem Mãe de Jesus. Nesta cidade, o anjo Gabriel revelou a Maria o nascimento iminente de Jesus e de João Batista. Foi neste lugar que Jesus “cresceu em sabedoria e em estatura” (Lucas 2: 52) Jesus aprendeu o oficio de carpinteiro. Participamos da missa celebrada pelo Padre Fernando e receber a comunhão na Basílica da Anunciação. Local em que se faz memória ao Anunciação do anjo Gabriel a Nossa Senhora. Neste pequeno povoado inicia-se a história da salvação. Ali viveu a sagrada família, ali se deu a vida oculta de Jesus, vivendo na simplicidade e em uma vida Habitual, Jesus vivia em tudo a vontade de Deus. Desta cidade Jesus saiu para iniciar sua vida pública, pois como disse: Nenhum profeta é reconhecido em sua Terra.








Nazareth repousa em um cenário encantador, em meio às montanhas da galileia. Os Peregrinos nomearam-na a “Flor da Galileia”, uma vez que as montanhas circundantes envolve a cidade como pétalas ao redor de uma flor.








Diz-se a Igreja da Anunciação (católica) foi construída sobre o local onde Gabriel apareceu a Maria para anunciar que ela seria a mãe do Salvador. Essa é uma das maiores e mais magnificas igrejas da Terra Santa. Sua nova estrutura, consagrada em 1969, foi construída em dois níveis, com finalidade de se integrar e preservar o antigo lugar. No nível inferior, está a Gruta Sagrada, cercada pelo que restou das igrejas bizantinas e da época dos cruzados (no século dezoito, a ordem franciscana reformou o prédio).





Passeamos  de barco pelo Mar da Galileia numa barca de madeira semelhante aos barcos antigos, uma replica da época de Jesus.






O mar de Ceneret, lago de Genesaré, ou lago de Tiberíades, “mar” que Jesus acalmou a tempestade, local em que ocorreu a Pesca milagrosa, a vocação de Pedro e Jesus caminhou sobre as águas. Neste barco cada um pode ouvir algumas palavras do Padre Fernando, e a partir daí tivemos a oportunidade de fazer nossas orações individuais apreciando a paisagem deste lindo lugar, e porquê não dizer, que de alguma forma, pudemos sentir a presença de Jesus Cristo.













Visitamos também Tabgga ( onde aconteceu o milagre da multiplicação dos pães e peixes), a fértil Tabgha estende-se ao longo da praia noroeste do mar da Galileia. Seu nome vem do grego Heptapegon, que quer dizer “sete fontes”, mas ele foi corrompido para a palavra árabe Tabgha. De acordo com a tradição, alguns dos eventos mais significativos do ministério de Jesus desenrolaram-se nesta área.

De lá fomos ao Primado de Pedro. Este local faz memória a confirmação de Pedro a missão da igreja, quando Jesus depois da sua ressurreição pergunta a Pedro: Pedro tudo me amas? Senhor Tu sabes que eu te amo. E depois de repetir mais duas vezes a mesma pergunta e Pedro confirmar o seu amor. Jesus diz: “Apascenta as minhas ovelhas”. Deus nos utiliza como instrumento para construir o Seu reino e pregar o Seu amor ao mundo.








Continuando os passos de Jesus, fomos a Tabgha, local de mais um sinal visível do amor de Cristo! Local em que se faz memória ao milagre da multiplicação dos cinco pães e dois peixes, de forma que existissem sinais na história, para hoje crermos sem termos visto.







Visitamos também Cafarnaum. Antigo povoado na região costeira do Mar da Galileia, onde existe as ruínas  da antiga  Sinagoga e um povoado onde Jesus e Pedro viveram. Esta agradável região foi o local onde Jesus proferiu a maioria de seus sermões e realizou muitos de seus milagres.

A aldeia de Naum, local das pregações de Jesus. Cidade em que estaria a casa de Pedro, local em que muitos cristãos rezavam. Nesta região estaria a sinagoga que Jesus pregava, seria o local em que Jesus viveu sua vida humana e, de certo modo, aconteceu a história da salvação.










 Cafarnaum desempenhou um papel fundamental na vida de Jesus. Após o seu batismo e a prisão de João Batista ele escolheu essa cidade para ser o quartel general de seu ministério. Mateus e Lucas referem-se a Cafarnaum como o lar de Jesus. A partir dai  ele viajava e pregava seu evangelho do Reino de Deus em cidades e aldeias de toda a Galileia.







“Tendo Jesus ouvido que João fora preso, retirou-se a Galileia. Ele deixou Nazaré e foi habitar em Cafarnaum, junto ao mar.” Mateus 4:12-13.

Depois fomos ao Monte das Bem Aventuranças,  neste belo local ao norte de Tabgha, foi onde  Jesus celebrou seu mais famoso discurso, o Sermão da Montanha. Hoje uma igreja católica, um mosteiro e um albergue, cercados  por bem cuidados jardins.

O local em que Jesus ensinou a lógica de Deus, a conduta que devemos seguir, oposta a lógica deste mundo. Neste Monte Jesus pregou e mostrou o caminho para a construção do Reino de Deus e de sua justiça. 








O Padre Fernando Cardoso celebrou a Eucaristia. Inesquecível celebração. Ao ar livre, à sombra amiga daquelas arvores históricas, nas galhadas dos arvoredos, pássaros cantando, com o nosso templo aberto, sem portas e sem janelas, o magnifico sol Israelense, símbolo da nossa alegria e felicidade interior. Outros Padres também celebrando a Eucaristia nos arredores, um silencio ensolarado e cantos divinos.







Depois seguimos para o Monte Tabor, com seu belo e peculiar cume em forma de domo, eleva-se majestosamente na galileia. De seu topo, nos visitantes temos uma visão empolgante, um verdadeiro espetáculo da área ao redor. Devido a vegetação sempre verde, segundo o guia, o monte apresenta essa cor durante todo o ano.




Desde o inicio do período Bizantino, propagou-se uma tradição cristã segundo a qual o topo do monte Tabor teria sido o lugar da Transfiguração de Jesus e diversas igrejas foram erguidas no local durante o período bizantino e o das cruzadas. 

A moderna Igreja da transfiguração foi consagrada pela ordem franciscana em 1926, que incorporou remanescentes de igrejas anteriores a nova construção. 

A igreja possui um extraordinário  mosaico que retrata o Jesus transfigurado entre Moisés e Elias, representantes da Lei e dos profetas. Duas capelas, uma consagrada a Moisés e a outra a Elias, completam essa estrutura impar.




 O Monte Tabor. Cristo permitiu que o homem tomasse contato com a verdadeira profundidade do amor de Deus para cada um de nós. Como seria maravilhoso se conseguíssemos compreender a profundidade deste amor em nossas vidas, e viver uma experiência profunda de conversão do coração. Que Jesus nos dê a graça de lutarmos contra nossas fraquezas e de afastarmos tudo que nos separa, nos divide e nos afasta do amor de Deus e nos ajude a estarmos preparados para nosso encontro no fim de nossa peregrinação terrestre.


Conhecemos o recanto batismal, do Rio Jordão, considerado sagrado na tradição cristã, pois foi o local onde Jesus foi batizado e atraem milhares de peregrinos de toda parte do mundo. O Padre Fernando fez a renovação das promessas do batismo em pessoas do grupo. Foi fantástico.

 Nem podíamos imaginar quantas emoções este dia nos reservava. Tudo começou no rio Jordão, que quer dizer rio que se origina no Dão. Lá renovamos as promessas do batismo e pudemos entender um pouco melhor as diferenças do batismo de João Batista e o batismo de Jesus. Foi especial!



Muitos profetas em Israel encontraram inspiração e conforto nos arredores do Jordão. João Batista escolheu o Jordão para preparar o caminho para a vinda do Senhor. Nessas águas, ele batizou Jesus de Nazaré, um evento que marcou o inicio do ministério de público de Jesus.












Prosseguimos para o Mar Morto, ponto mais baixo que a terra, 360 m abaixo do nível do mar e 10 vezes mais salgado que o Mar Mediterrâneo

Local em que pudemos entrar na água, passar lama no corpo para hidratar a pele, boiar, se divertir entre amigos e tirar fotografias! Muito legal!



Depois tivemos a oportunidade de visitar Qumran. Neste local visitamos os manuscritos mais antigos de que o homem se tem história. As pessoas que pertenceram a esta comunidade eram contemporâneos de Jesus. Para se ter ideia o que sabemos dos gregos, como Socrates, Platão, Aristóteles e tantos outros, temos referência de 500 anos e os manuscritos que vimos são de 2.000 atrás. Muito interessante!












Visitamos a Igreja do Pater Noster. Na gruta do ensinamento, Jesus ensinou a seus discípulos a Prece do Senhor, o ”Pater Noster” ( expressão em latim para “Pai Nosso).


a igreja Pater Nostre, que fica no topo do Monte das Oliveiras, e de acordo com a tradição, neste local Jesus teria nos ensinado a rezar o Pai Nosso. Nesta igreja tem o Pai Nosso em diversos idiomas e tivemos a oportunidade de encontrá-lo em português do Brasil. Vocês poderão ver pelas fotografias!



Entre as igrejas construídas através dos séculos, a primeira foi erigida durante o século IV d.C. Edificada pelo Imperador Constantino e por sua mãe, Helena, essa grande e imponente construção celebra a ascensão de Jesus e seus ensinamentos aos discípulos nos últimos dias do Senhor. O nome da igreja era o nome de azeitona, em grego, isto é, Eleona.








 A igreja moderna é operada pelas irmãs carmelitas. Em seu pátio, painéis expõem o texto do Pai Nosso em diversos idioma








Iniciamos o nosso dia com uma paisagem magnifica da cidade de Jerusalém. De lá descemos o Monte das Olivieras e quando chegamos em sua metade, visitamos a igreja de Dominus Flevit, que significa o Senhor Chorou. E por que o Senhor havia chorado? Deus sempre quis reunir os Seus filhos, mas o mundo nunca partilhou o plano de Deus. Deste lugar tivemos uma vista ainda mais bonita do templo de Jerusalém, além de vermos a cúpula da igreja de Santa Madalena.
Continuando a descida no Monte das Oliveiras,chegamos na Basílica da Agonia, também conhecida como igreja de todas as nações. No interior da igreja há escuridão e de uma certa forma o arquiteto reflete o tema da igreja assim. Caminhamos pelo jardim do Getsemani e vimos uma oliveira de 2000 anos. Esta é a única árvore que data esta época.
Nossa próxima parada foi o Cenáculo, local em que se faz memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, ou seja, porque é local em que teria se dado a Ultima Ceia. Neste mesmo local, os discípulos também teriam recebido o Espírito Santo em Pentecostes. Pode-se dizer que de alguma forma inicia-se uma parte do plano de redenção do mundo. Muito próximo do Cenáculo, está localizado o Monte Sião, e desta forma visitamos o Túmulo do Rei Davi.

Fomos então para o outro lado da cidade velha, e entrando pela Porta do Lixo, chegamos ou Muro das Lamentações, o local mais sagrado para os judeus, por ser a única parte que restou do Segundo Templo de Herodes. Lá pudemos ver a diversidade de povos que por lá passam e pudemos, homens de um lado, e mulheres de outro, chegar até o Muro, rezar, e colocar nossos agradecimentos e pedidos entre suas pedras.

O Monte das Oliveiras, um lugar dos mais importante dos arredores de Jerusalém, tendo desempenhado um papel central na vida de Jesus. Foi nessa colina que ele profetizou a seus discípulos que, um dia o templo iria cair (Lucas 19: 41-44). Após ter celebrado sua ultima ceia com seus seguidores, Jesus foi para o  Getsêmani, ao pé do monte das oliveiras, para rezar (Marcos 14:26-42). Judas chegou com um grupo de oficiais dos sacerdotes  e de soldados para prender Jesus próximo ao jardim (João !8:1-12). Do topo do monte Jesus, Jesus ascendeu aos céus (Atos 1:6-12).



O nome do monte das Oliveiras deve-se aos bosques de oliveiras que cobre a colina leste da Antiga Cidade de Jerusalém, passando pelo vale de Cedrom. Alguns desses bosques podem ser visto ainda hoje. A montanha consiste-se em um anteparo entre o deserto da Judeia e a cidade de Jerusalém.

E a visão que se tem do topo da montanha é espetacular da Cidade Antiga de Jerusalém.







Na descida do monte das Oliveira 3 metros de Jerusalém, situa-se uma igreja franciscana, arquitetônica impar :  sua cúpula tem a forma de uma lagrima , seu altar vislumbra Jerusalém do mesmo modo como Jesus teria visto quando se aproximou pela primeira vez e chorou sobre ela. Por isso, a igreja é chamada Dominus Flevit “O Senhor Pranteado”.







Getsêmani, Ao pé do monte das Oliveira, acima do vale do Cedrom , encontrava-se o Jardim de Getsêmani, coberto por oliveiras. De acordo com os evangelhos, Jesus estivera muitas vezes ali com seus discípulos (João 12:2); (Lucas 22:39), Neste jardim Jesus passou na solidão suas ultimas horas, antes de ser capturado pelos romanos.




Igreja de Getsêmani é também chamada a Igreja de todas as Nações. Sua cúpula  exibe símbolos das diversas nações que tomaram parte na construção do prédio, em 1924. Alguns a conhecem como a “Basílica da Agonia”. No interior da cúpula , luzes em forma de estrela espalham-se, a fim de recriarem uma atmosfera sombria, rememorando toda a profunda tristeza que Jesus sentiu enquanto ali rezava. A tradicional Pedra da Agonia repousa defronte ao altar principal.


De lá atravessamos a fronteira de Israel e chegamos a Palestina, e desta forma pudemos chegar a cidade de Belém e visitar a Basílica da Natividade. A nossa missa foi celebrada na capela do Espírito Santo e pudemos refletir sobre “Ali o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Foi intensa a reflexão e a missa, e o encerramento se deu com todos cantando Noite Feliz. Desta forma o Natal este ano chegou mais cedo para nós e podemos dizer: Como foi bom!

Depois da missa, visitamos a Basílica da Natividade, com a Gruta da Natividade, e a manjedoura. Visitamos as igrejas ortodoxas e a belíssima igreja católica de Santa Catarina. Foi muito legal!
A Cidade Bíblica de Belém, cidade Árabe  das montanhas da Judeia que segundo a tradição cristã é o local onde Jesus nasceu ela possui uma peculiar personalidade e é de grande importância histórica, é também a cidade natal de Davi. A localização de Belém, na borda do deserto, fez dela um lugar de encontro para fazendeiros, pastores e os povos nômades do deserto.





Em hebraico Belém significa “ casa do pão”; em árabe, significa “casa do alimento”. Uma visita a Belém sempre inspira um sentimento de alegria e elevação espiritual.

A Igreja da Natividade foi construída sobre a Gruta da Natividade, na qual Jesus nasceu. No lado leste da gruta, há um recanto circular, que  contém uma grande estrela de prata, a qual marca o lugar onde, de acordo com a tradição, Jesus nasceu. A estrela possui quarenta pontos e uma inscrição em latim, cuja tradução é “AQUI NASCEU JESUS CRISTO DA VIRGEM MARIA”









Visitamos também  a Antiga Cidade  murada de Jerusalém, tombada pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. Entrando por uma das oito portas da Cidade murada, começamos um passeio a pé pelos lugares sagrados do Cristianismo e Judaísmo.



Começamos o nosso dia de peregrinação em um lugar santo: a Via Sacra. Um lugar santo não significa necessariamente o lugar em que Jesus passou fisicamente, mas um lugar em que a igreja venera um mistério da vida pública de Cristo, um lugar santificado pela oração dos que acreditam!
E neste sentido, o Padre Fernando nos ajudou a meditar os acontecimentos do caminho da cruz de Jesus na igreja do Sion. De lá caminhamos pelas 14 estações da Via dolorosa nas ruelas da cidade velha de Jerusalém e chegamos ao Santo Sepulcro. Ponto alto de nossa viagem!

Dentro da Igreja do Santo Sepulcro, fizemos a visita ao Calvário e Sepulcro, que foram simplesmente emocionantes. Foi uma emoção intensa em todos os peregrinos de nossa viagem. Em uma das capelas, dos Cruzados, pudemos celebrar a missa. O Padre nos convidou a buscar uma vida de fé mais profunda, a meditar mais a palavra de Deus e principalmente tentar aplicar os ensinamentos compreendidos no nosso coração, na nossa vida, nas nossas atitudes e escolhas diárias. 

O Bairro Cristão encontra-se  na parte nordeste da Antiga Cidade. No centro deste bairro localiza-se a Igreja do Santo Sepulcro, ele se estende ao longo do caminho conhecido como a Via Dolorosa e é rodeada por igrejas, mosteiros, centro administrativos de varias congregações cristãs, instituições de caridade e hospedarias para peregrinos que viajam aos lugares sagrados.



A Via Dolorosa assinala o caminho que Jesus percorreu levando a cruz, desde o local  onde ele foi sentenciado até o lugar de sua crucificação. O caminho do sofrimento tem quatorze tradicionais estações, as quais assinalam eventos  que ocorreram durante a longa e final caminhada de Jesus até sua execução.




A Primeira estação é o local da Condenação. O tradicional praetorium, o tribunal da  justiça, localizava-se na fortaleza de Antônia, ao norte do monte do templo. Hoje , a escola muçulmana “Omariya”.

A Segunda estação é o Peso da Cruz, localiza-se no recinto Franciscano, que abriga o Santuário da Condenação e da Flagelação, assim como um centro franciscano para pesquisa de estudos religiosos e da Bíblia.

A Terceira estação é onde Jesus cai pela primeira vez, local onde o torturado e exausto Jesus caiu sob o peso da cruz pela primeira vez. Hoje armênicos administram o lugar.




Quarta estação é quando Jesus encontra sua mãe. Um relevo esculpido em pedra ilustra o local onde Jesus sua mãe durante a caminhada final do Senhor em direção a morte. O local é administrado pelos católicos armênicos.

Quinta Estação é quando Simão de Cirinéia ajuda Jesus. “E, como o conduzissem, constrangendo um Cirineu, chamado Simão, que vinha do campo, puseram-lhe a cruz sobre os ombros, para que a levasse após Jesus”. (Lucas: 23:26).





Sexta Estação é quando Verônica enxuga a face de Jesus. De acordo com a tradição Jesus curou uma mulher chamada Verônica, durante seu ministério. Em sinal de sua gratidão a Jesus, ela o acompanhou até o local de sua execução. Quando  ela enxugou  a face  suada de Jesus durante o caminho, a imagem do rosto ficou estampada no tecido. A Igreja Santa verônica, sob os cuidados das Pequenas Irmãs de Jesus, esta sobre o local onde se acredita ter morado Verônica.



Sétima Estação é quando Jesus cai pela seg unda vez. Esta estação indica o tradicional lugar onde havia o Portão do Julgamento.





Oitava Estação é quando Jesus fala as mulheres de Jerusalém. Este acontecimento é assinalado por uma pedra contendo uma cruz latina, que se encontra na parede de uma igreja ortodoxa russa. Próximo a cruz, lê-se uma inscrição: Jesus Cristo o Vitorioso”.





Nona Estação é quando Jesus cai pela terceira vez. A tradição conta-nos que Jesus desfalece pela terceira vez próximo onde seria crucificado. Uma coluna romana indica a localização dessa terceira e ultima queda. A coluna foi incorporada à parede externa de uma igreja cóptica.

Decima Estação é quando Jesus foi despido de suas vestes. A decima estação recorda que os soldados romanos despira Jesus de suas vestes e disputaram no jogo seu manto próximo ao local onde Jesus foi crucificado (João 19: 19-25). Os visitantes podem observa-la no interior da capela latina, através de uma janela especial.

Decima Primeira Estação é quando Jesus é pregado na cruz. Sobre o cume do Gólgota (calvário), um lindo santuário latino assinala o local onde os soldados pregaram as mãos e os pés de Jesus à cruz.

Decima Segunda Estação é quando Jesus morre na cruz. Sobre o Gólgota (calvário) um alta ortodoxo grego, com um disco de prata sob ele, assinala a crucificação.

Decima Terceira Estação é quando Jesus foi retirado da cruz. Sobre um altar franciscano consagrado a Virgem Maria, repousa uma estatua de Madona, trazida de Lisboa em 1778 – a “Mater Dolorosa”-  Nossa Senhora das Dores. A estatua é ornada por uma coroa de ouro e por preciosas doações dos peregrinos. Depois que José de Arimatéia retirou Jesus da cruz, Jesus foi colocado sobre a pedra da Unção.




Decima Quarta Estação é o sepultamento e a ressurreição de Jesus. Consiste-se no ponto central da igreja.






Após a Via Sacra pelas ruas de Jerusalém Antiga, a caminho do calvário e do Santo Sepulcro, visitamos o Muro das Lamentações, lugar mais sagrado do Judaísmo. Monte Sião (Zona ocupada pelo rei Davi), com a Abadia da Dormição, a Sala da Ultima Ceia e o Tumulo de Davi.













Abadia da Domição, uma igreja católica assinala o ponto onde a Virgem Maria dorme seu “Sono eterno”. Esta é uma das maiores e mais magnificas das igrejas modernas em Jerusalém, construída pelos padres beneditinos em 1906. Seu pináculo, seu telhado e sua torre podem ser avistados de longe e servem como uma baliza de localização do Monte Sion.





O Tumulo de Davi consiste-se no tradicional lugar de sepultamento do rei Davi. Ele compreende uma grande pedra, coberta por um pano bordado e decorado.









Ein Karem, local onde Maria foi visitar sua prima Isabel, ambas gravidas, e lá permaneceu por uns três meses. Quando o Anjo Gabriel apareceu a Maria em Nazaré, ele informou não apena sobre o papel da moça no plano de Deus, mas disse-lhe também “ E Isabel: sua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, ‘sendo este já no sexto mês para aquela que diziam ser estéril. Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas. (Lucas 1:36-37)





Hoje, Ein Kerem, localizada na Judeia , parte de Jerusalém ocidental. Ela foi o lar de Isabel e de Zacarias, os pais de João Batista.




Placas do pátio  da Igreja da Visitação, que destacam, em vários idiomas, trechos do “Magnificat” de Maria.







Visitamos Jerash, cidade estilo romana, uma das mais bela da Jordania, e  ainda hoje muito bem preservada. Jersh esta localizada no norte do país, distante 50 km da capital Amã. Uma relíquia dos tempos antigos que merece ser visitada!
Esta cidade possui 30 mil habitantes atualmente e tem o clima mediterrâneo. Este clima representa apenas 20% do território Jordaniano, haja vista que os outros 80% são constituídos por áreas desérticas ou semi-desérticas. Um verdadeiro tesouro para este país!
A antiga Jerash esteve presente nas civilizações gregas, romanas, bizantinas e árabes, e hoje é uma das cidades romanas mais preservadas do mundo. Na visita desta cidade apreciamos o Arco de Adriano, construído em 129 d.C., para receber o Imperador de Roma, Adriano, a Igreja bizantina com seus pisos de mosaico de 529 d.C., Auditório do Hipódromo, Templo de Artemisa com seus capitéis mais bonitos e completos, a Praça Oval com magníficas colunas, Templo de Zeus, o Teatro do Norte construído na época do Imperador Marco Aurélio, etc.
Durante a visita conhecemos o Teatro do Sul que é o teatro romano mais bem preservado do mundo, datado de 92 d.C., e que cabiam 3 mil pessoas. Haviam inclusive poltronas para os nobres e o mais impressionante é que a acústica ainda funciona. Muitas fotografias foram tiradas por nosso grupo neste belíssimo lugar.

Visitamos apenas 25% desta cidade, porque 25% ainda não está explorado e 50% encontra-se debaixo da cidade atual. Mas mesmo só uma parte pode nos deixar de queixos caídos, foi simplesmente espetacular mesmo com a tempestade de areia, extremamente incomum nesta época do ano.












Hoje ao sair do hotel em Amman, pudemos fazer um city tour panorâmico pela cidade de Amman. A origem do nome de Amman vem da capital do Amonitas, porque Amon e seus filhos ficaram nesta cidade de acordo com o 1º Samuel. Nesta cidade vive hoje 1/3 da população da Jordânia, sendo que as três cidades mais importantes da Jordânia concentram 85% da população total.



A nossa primeira parada do dia foi o Monte Nebo, que é o local em que existe o memorial de Moisés. Deste vale Moisés teria avistado a Terra Prometida. Do mirante é possível ver o Mar Morto, Hebron, Belém, Jerusalém, Jericó, Rio Jordão, Betânia, etc.




O Monte Nebo, local onde se acredita que Moisés avistou a “Terra Prometida” O monte Nebo é um monte na Jordânia com cerca de 820 m de altitude, mencionado na Bíblia como o local onde Moisés viu a Terra Prometida e onde morreu, sem chegar a entrar nessas terras que viu ao longe.


No Monte Nebo há uma Basílica Bizantina, uma tenda com o mosaico encontrado neste local pelos franciscanos, um museu com objetos e no pátio possui uma escultura de cobre, representando o cajado de Moisés junto com uma serpente, relembrando a história bíblica.















A nossa próxima parada foi Madaba e no caminho até lá, tivemos a oportunidade de conhecer uma cooperativa de mosaicos bizantinos, um artesanato típico deste pais e desta região. Durante a apresentação foi explicado como o mosaico era produzido e tivemos a oportunidade de ver uma artesã trabalhando. Depois pudemos comprar souvenir desta cooperativa.
Em Madaba foi encontrado um mapa em forma de mosaico que é o mapa religioso mais antigo do mundo. Foi descoberto no século 19 e possui apenas 33% do seu tamanho original. Está ilustrado o centro do mundo antigo que contemplam Jerusalém, Hebron, o Mar Morto, Rio Jordão, Jericó, Asqalan, Mar Mediterrâneo, Egito, Sinai, e mais de 150 cidades que foram visitadas por Jesus Cristo. Este é o mais conservado mosaico do mundo e originalmente continham mais de 2 milhões de peças, tendo sido feito pelos Bizantinos. Simplesmente magnífico!
Este mosaico fica localizado atualmente dentro da igreja de São Jorge, atualmente uma igreja ortodoxa grega, a qual pudemos também conhecê-la.

Conhecemos a cidade de Petra, também na Jordânia, eleita recentemente uma das setes maravilhas do mundo moderno. É maravilhosa, toda esculpida em rochas pelo povo Nabateu. Petra é um importante enclave arqueológico na Jordânia, situado na bacia entre as montanhas que formam o flanco leste de Wadi Araba, o grande vale que vai do Mar Morto ao Golfo de Aqaba, perto do Monte Hor e do Deserto de Zin.







 ver com os nosso próprios olhos, uma das sete maravilhas do mundo moderno. Pudemos apreciar um dos sítios arqueológicos mais impressionantes e singulares do mundo. Entre os séculos 3º a.C. e 1º a. C. eles construíram uma cidade magnífica e a tornaram centro de um vasto império comercial.
O interessante é que a cidade foi ocupada pelos cristãos no século 4º d. C., pelo muçulmanos, 7º d.C. e os cruzados no século 12º d.C. Depois de um terremoto a cidade foi esquecida e só descoberta por um suiço, J. L. Burckhardt, em 1812.
O passeio em Petra foi iniciado no amplo vale chamado Bal el-Siq. Após 900 metros de caminhada chegamos ao desfiladeiro chamado de Siq e que leva até a cidade de Petra. A entrada do Siq é assinalada pelas ruinas de um arco monumental. Durante o caminho do Siq você pode ver canais de água cortados nas rochas, desenhos, nichos escavados com imagens desgastadas de antigas divindades.
No final deste desfiladeiro foi construído “O Tesouro”, estando neste local para causar um maior impacto nas pessoas quando o avistassem. “O Tesouro” é um dos templos mais conhecidos de Petra e é datado do século 1º a.C..
Continuando a nosso visita, vimos os Túmulos Reais que são constituidos por fachadas monumentais esculpidas na montanha do lado leste de Petra, e quando vistos a uma certa distância, são magníficos.
Ainda durante a nossa caminhada, vimos o teatro entalhado na encosta pelos nabateus, provalmente do século 1º d.C., tendo o modelo de projeto romano da época possivelmente era um templo religiosos.
Muito continuando a caminhada, puderam ver mosaicos do século 6º complexos que adornam as naves laterais de uma grande basílica bizantina. Dentro desta igreja foram encontrados 152 manustritos que revelaram detalhes da vida na Petra Bizantina.
Um percurso de caminhada de aproximadamente oito quilômetros que foram colírios parar nossos olhos! Realmente uma experiência incrível!


Durante alguns séculos antes de Cristo e nos primeiros cem anos da era comum, o povo dos Nabateus dominavam o trafico de especiarias (principalmente de olibano e mirra) do sul da Arábia para os pontos do Mediterrâneo. Mas os Nabateus desaparecera da historia, e foi somente em 1812 que o explorador Suiço Johann Ludwig Burkhard descobriu Petra, a capital oculta dos Nabateus. É impressionante quando caminhamos ao longo do Sig (desfiladeiro) e, de repente, na frente dos olhos deparamos com magnifica vista os templos, as ruínas da igreja Bizantina, centenas de túmulos de pedra esculpida, de cores incríveis da rocha. 

     Para conhecê-la a fundo, serão necessários de dois a três dias, já que suas atrações estão espalhadas por 5,2 quilômetros quadrados, repletos de túmulos, templos, cisternas, teatros etc. A entrada é feita pelo “Siq”, um estreito com mais de um quilômetro de comprimento, ladeado por imponentes paredes com 80 metros de altura. Ao fim deste caminho, aparece Al-Khazneh (Tesouro), uma fachada imponente com 30 metros de largura e 43 de altura esculpida na própria rocha de um rosa poeirento – elas foi esculpida no início do século 1 para ser o túmulo de um importante rei Nabateu.

                                                    









Carros não podem circular no local, mas se pode alugar carruagens ou cavalos. Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1985, Petra foi eleita uma das novas sete maravilhas do mundo.



Nos recuperamos da caminhada e saímos de Petra com destino a Aqaba. No caminho Yossef nosso guia nos contou um pouco da Jordânia: economia, costumes, religião, historia e matou a curiosidade de muitos.

Seguimos viagem para Aqaba, as margens do Mar Vermelho.







Visitamos Santa Catarina que foi estabelecida na base do Monte Sinai, também chamado Monte Horeb, situado no sul da península do Sinai, no Egipto. Esta região é considerada sagrada por três religiões: cristianismo, judaísmo e islamismo. 











 A montanha sagrada onde o Senhor falou a Moisés, Ao pé da montanha sagrada encontra-se o Mosteiro de Santa Catarina, um dos mosteiros mais antigo do mundo cristão, que de acordo com a tradição cristã foi estabelecido abaixo do Monte do Decálogo, no mesmo lugar onde Deus apareceu a Moisés na Sarça Ardente.











 Neste local encontra-se a suposta Sarça Ardente, o poço em onde o Moisés teria conhecido sua esposa e o local em que teria recebido o chamado de Deus para levar o povo judeu do Egito à Terra Prometida. Além do cenário natural espetacular, o mosteiro possui inestimáveis obras de arte multiculturais, ícones, mosaicos, pinturas a óleo e a segunda maior coleção mundial de manuscritos, só estando atrás do Vaticano.





Os peregrinos sobem humildemente durante a noite e, uma vez no topo, Saúdam o glorioso nascer do sol no cimo do Monte do Decálogo. A subida ao topo da montanha, a altura de 2285 metros (7500 pés), leva menos de três horas.







Continuando nossa viagem, com destino a Cairo, atravessamos o Canal de Suez. No caminho tivemos a oportunidade de conhecer a deslumbrante vista do mar Vermelho, atravessado por Moisés durante sua fuga do Egito. Também conhecemos um verdadeiro Oasis no deserto, local dos famosos “poços de Moisés”. Local em que Moisés teria feito os 12 poços de água para seu povo e teria encontrado água “salgada” em função dos murmúrios.









Viajamos até Mêmphis que era uma cidade do Antigo Egito, antiga capital de Aneb-Hetch, primeiro nome do Baixo Egito. Suas ruínas localizam-se próximo à cidade atual de Helwan, ao sul da capital do país, Cairo. Cidade que teve grande destaque ao longo da historia faraônica. Onde tivemos a oportunidade de vê a enorme estatua de Ramsés II que se encontra no museu moderno. Esta é uma estatua colossal de calcário, que mesmo sendo apenas fragmentos, possui 13 metros de comprimento. Impressionante. E neste mesmo local, vimos a magnifica Esfinge de Memphis, esculpida em uma única peça de Alabastro com cerca de 4 metros de largura, 7 de comprimento e aproximadamente 80 toneladas. Ah, e como não mencionar a escultura de granito vermelho do Reino Médio restaurado em nome de Ramsés I





De Memphis fomos a Karrara, a cidade dos mortos, local em que visitamos a Pirâmide Escalonada do Faraó Zozer, a pirâmide do Faraó Unas das “Mastabas” ou tumbas,  construída na Terceira Dinastia. Tive coragem e entrei na câmara  mortuária, apesar de ser desafiadora, não por ser fúnebre, mas por ser um local muito estreito, apertado e por muitas vezes no caminho não se pode ficar de pé.








Fomos conhecer as três Pirâmides de Gizé: Quéops, Keffren e Miquerinos. Muitos de nós esperávamos por esse momento desde o começo da excursão ao Egito. Nosso passeio começou pela pirâmide mais alta – Quéops. Ouvimos as explicações do nosso guia e tivemos um tempo livre para tirar fotos e apreciar essas maravilhas, subimos ao mirante de onde se pode ter uma vista espetacular das três pirâmides juntas.











Conhecemos também o Templo do Vale (Necrópole) da Pirâmide de Keffren e a Esfinge com cabeça de leão em Giza, e se essa grande criatura foi construída para guardar ou eliminar antigas escadas e passagens inferiores levando a áreas subterrâneas abaixo e em torno dela, então o seu simbolismo era muito mais adequado. No local, durante o século XIX o folclore árabe sustentava que existiam sob a Esfinge câmaras secretas escondendo tesouros e/ou objetos mágicos.












Depois visitamos um Instituto de Papyros e aprendemos como os antigos egípcios faziam os Papyros e como é feitos hoje em dia. Realmente muito interessante. À noite no hotel vimos um casamento de cultura árabe e egípcio, com show de musicas, danças e muito mais. Muito bonito e divertido.




O ponto alto do dia foi o jantar no navio navegando no Rio Nilo, além de apreciarmos a culinária local, assistimos um show  dançante e musical e ficamos encantados com bela vista da cidade do Cairo iluminada a noite. Uma noite inesquecível.













Saímos para um sity tour pela cidade do Cairo, visitando a cidade Antiga, Igreja de São Sergio construída sobre uma cripta onde se acredita que permaneceu a Sagrada Família durante a sua fuga do Egito, sinagoga de Bem Ezra.

Conhecemos a cidadela de Saladino, construção que iniciou no século XII por Saladino que utilizou técnicas de construção para defender a cidade dos invasores, e além de ser uma fortaleza, também serviu como residência do sultão (local que oferece a melhor vista panorâmica da cidade),









Dentro do complexo visitamos a Mesquita de Muhammed Ali (ou Mesquita de Alabastro), que é a mais conhecida de todas as construções islâmicas do Cairo. Eu e outro colegas de viagem tivemos a oportunidade de entrar pela primeira vez numa mesquita, e entender o seu funcionamento como por exemplo, necessidade de tirar os sapatos, saber que as mulheres tem que cobrir os ombros, que normalmente as mesquitas são dedicadas aos homens e caso sejam mistas precisam de uma divisão para não causar distração, etc

Apreciamos também suas cúpulas, minaretes esquios em cascatas, os globos de lâmpadas penduradas no teto e o seu enorme lustre central. Também descobrimos que Muhammed Ali está enterrado nesta mesquita.








Visitamos o Museu do Cairo, neste museu Egipcio contém a maior coleção de antiguidade faraônicas do mundo, múmias, Sarcófago de ouro do Tutankamon Maravilhoso. São aproximadamente 160.000 objetos que abrangem mais de 5.000 anos de historia do Egito. Nenhuma visita no Egito é completa sem a visita neste museu.








Depois visitamos os Bazares de Khan EL Khalil, para comprar as lembrancinhas.












Quando digo que viajar é diminuir a distancia entre você e seus sonhos, e quando isso acontece é fantástico. Você tem oportunidade de conhecer as diversidades de culturas, foi o que aconteceu nesta viagem. 

Peregrinar pela Terra Santa, nos locais relacionados com a vida de Jesus, cada igreja, capelas ou santuários tem sua mística própria, sua historia particular, seu recanto distinto. Historia e clima que se entrelaçam e complementam, trazendo síntese, globalidade. Onde Jesus transitou dois mil anos atrás, deixando suas pegadas, tudo são importante comovedor e sagrado, é emoções maravilhosas de um lugar fascinante de cultura e tradições, um lugar magico. 

 Petra é um conjunto arquitetônico e arqueológico situado na Jordânia (região do Mar Morto). É composta de várias construções escavadas na rocha. Um lugar fascinante. Jerash, uma relíquea dos tempos antigos, ruínas Greco - romanas que representam um dos exemplares melhor preservado do mundo. Merece ser visitada.

 Egito pirâmides, faraós, cultura e ciência dos egípcios, escrita hieroglífica, Rio Nilo, história da África, desenvolvimento científico, cultura e arte. São lugares deslumbrantes de cenários naturais, uma viagem inesquecível pela Li&Lu Operadora  - São Paulo

www.lieluturismo.com.br



Fontes: Os guias da Excursão e Peregrinação ao Egito, Jordânia e Terra Santa com o Pe Fernando Cardoso em Israel/Setembro 2015
Livro: A Terra Santa Seguindo os Passos de Jesus, Nova edição suplementada com mais locais: Santa Catarina, Magdala, Petra, Domus Galilaeae, Megiddo          
             

domingo, 15 de março de 2015

Show de Artistas em homenagem aos 25 anos do Teatro das Bacabeiras.

A programação iniciou na segunda-feira, 9, dia do aniversário do teatro, e encerra hoje com um grande show.
Anne Santos
annekarolineos@gmail.com
Da Redação - Agência Amapá
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Foto: Alex Silveira/Agência Amapá
Artistas amapaenses relembram experiências vividas na principal casa de espetáculos do Estado, o Teatro das Bacabeiras.
Música, teatro e dança. Todos os segmentos culturais estarão no mesmo palco, nesta sexta-feira, 13, para homenagear os 25 anos do Teatro das Bacabeiras. Os artistas amapaenses se reuniram para relembrar experiências vividas na principal casa de espetáculos do Estado.
Durante uma semana de homenagens, diversos segmentos culturais fizeram apresentações em diferentes pontos de Macapá: Centro de Convenções João Batista de Azevedo Picanço, Centro Cultural Franco Amapaense e a Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda.
A programação iniciou na segunda-feira, 9, dia do aniversário do teatro, e encerra hoje com um grande show dos artistas amapaenses na escadaria do Bacabeiras. "Vamos colocar estas atrações na escadaria do teatro para o público conhecer o nosso Bacabeiras e viajar nesse mundo da arte e cultura", disse o cantor Naldo Maranhão.
A casa de espetáculos faz parte da história dos cantores mais tradicionais como Finéias Nelluty, e de novos talentos como a cantora Brenda Melo. Todos, porém, têm algo em comum: a importância do teatro nas carreiras profissionais. Cantar é o jeito que eles encontraram para mostrar gratidão ao Bacabeiras.
"São 29 anos de carreira e a maior parte vivida no teatro, além da participação como ator que foi emocionante. Em 1996, fiz o primeiro show no local e a sensação de ter aquela plateia me olhando é inexplicável. Nesses 25 anos do Bacabeiras muita coisa boa aconteceu e o teatro tem uma participação muito importante na minha carreira", contou o cantor Finéias.
Uma das atrações, que finaliza as comemorações do aniversário do teatro, é a cantora Brenda Melo. Com quatro anos de carreira, a artista fez sua primeira apresentação no Bacabeiras em 2009. Para ela, pisar no palco do teatro foi o momento mais importante da carreira.
"O momento mais importante no teatro foi o lançamento do meu CD, desde então, ter cantado no Bacabeiras me dá muito orgulho, pois é um local sagrado, grandioso e repleto de cultura. Por isso, é muita responsabilidade e uma emoção tremenda ver o teatro lotado e dividir o palco com grandes músicos", disse emocionada a cantora.
O teatro tem espaço para a música popular amapaense e também para o rock. Com uma levada nacional, mas identidade regional, a banda Boomerang Blue promete encantar o público na primeira apresentação no palco do Bacabeiras. "Sabemos da importância de cantar no mesmo palco de artistas renomados. Já assistimos o Amadeu Cavalcante e a expectativa é enorme, pois cantar nesse palco é a realização de todo cantor do Estado", observou um dos integrantes da banda, Diego Silva.
Abrir as cortinas e receber no palco artistas variados. A meta para os próximos anos é ser um espaço que atenda todos os tipos de artes. Uma delas, a dança, na programação, representada pelo marabaixo e balé.
"O Marabaixo é nossa identidade cultural, por isso, precisamos valorizar. Pela primeira vez, entramos no teatro como atração principal e não apenas como coadjuvantes. É um momento muito importante e percebemos que não só cantores e peças teatrais vão se apresentar, esta é uma nova era em que todos os artistas têm espaço", ressaltou a presidente da Federação Folclórica Cultural do Amapá, Eliza Congó.
Foto: Alex Silveira/Agência Amapá
A comemoração dos 25 anos do Teatro das Bacabeiras contou com a apresentação da Cia de Dança Anete Peixoto."É uma honra muito grande participar das comemorações desses 25 anos. Há 10 anos apresento a minha companhia de dança no teatro. Apresentar o balé para a população aqui, do Amapá, é uma oportunidade conquistada, por meio do teatro, que engrandeceu o meu trabalho", afirmou a bailarina Anete Peixoto.
Do regional para o clássico, o teatro também recebeu o público para prestigiar a orquestra filarmônica Equinócio das Águas, que desde 2010, encanta a plateia com música erudita. "Foi um momento único, a realização de um sonho, temos um público grande que foi conquistado no teatro", comemora o maestro, Marcos Ribeiro.
Mesmo abrindo espaço para outros segmentos culturais, a casa de espetáculos mantém a essência no atendimento teatral. Dos grandes espetáculos aos pequenos grupos que estão iniciando, cada vez mais, o público vai ter oportunidades.
Foto: Alex Silveira/Agência Amapá
A Associação Teatral Boca de Cena reforça que o teatro é fundamental para formação crítica do ser humano. "As peças teatrais são aliadas a educação para formação crítica do ser humano. Estamos retornando ao teatro e convidando o público para prestigiar conosco os 25 anos da casa. Precisamos romper essa barreira de que o teatro é elitizado, quando na verdade, ele é para todos independentemente de classe", afirmou o diretor da Associação Teatral Boca de Cena, Dio Lenon.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

ORIGEM DO CARNAVAL



A celebração provavelmente tem sua origem em frestas pagãs, como os realizados em honra de Baco, o deus do vinho, e as saturnais romanas e as Lupercalia, ou aqueles que tiveram lugar em homenagem ao touro Ápis, no Egito.



Segundo alguns historiadores, as origens das festividades do carnaval remontam à antiga Suméria e Egito mais de 5.000 anos atrás, com celebrações similares no Império Romano, onde o costume se espalhou por toda a Europa, sendo trazido para a América pelos navegantes espanhóis e portugueses que nos colonizaram a partir do século XV.


O carnaval remonta as festas pagãs Celtas, a festividade contemporânea conhecida como o Carnaval pode ter tido sua origem na necessidade de comer todas as carnes e produtos animais como ovos e manteiga antes de iniciar o período da Quaresma. Segundo a tradição católica durante a Quaresma não deve comer carne, mas somente peixes e legumes.

No entanto, as verdadeiras origens do Carnaval são ainda desconhecidas. Não há como verificar onde e quando nasceu o carnaval. Estudos estimam que o primeiro culto que mais tarde seria conhecido como o Carnaval foi feitas anos antes de Cristo, quando os agricultores se reuniram no verão, com os rostos mascarados e corpos pintados inteiramente em torno de uma fogueira para celebrar a fertilidade e produtividade do solo, bem como afastar os maus espíritos da colheita.

A primeira concentração carnavalesca está localizada no Egito. A festa era nada mais do que dança, canto, e os participantes usavam máscaras e fantasias como um símbolo de ausência de classes sociais.


Seguindo a tradição chegou à Grécia. No século VI a. C. era costume de andar de barco com rodas (navalis carrus) onde as pessoas dançavam todos os tipos de dança.

Em Roma, foi dedicada à deusa egípcia Isis, espalhando o culto dos celtas e os alemães.

As cerimônias foram um ponto comum. Foram associados com os fenômenos espirituais, astronomia e ciclos naturais, e manifestados através  de expressões tais como a dança, música, sátira, máscaras, e desordem. Em uma sociedade com muitas diferenças sociais, as partes apresentaram-se para a necessidade de liberdade de todos.



Ricos e pobres se misturam durante o carnaval não reconhecido. Em seguida, vem o carnaval de Veneza, e de lá todos. E ele gradualmente molda suas características, dependendo dos costumes de cada país. Mas, geralmente, o carnaval é definido através de mascaras, fantasias, carros alegóricos, desfiles, bailes, etc.

A data do carnaval varia de ano para ano. Muitas pessoas perguntam como você calcula a data  do Carnaval?

A data da Pascoa começa (Domingo de Ramos) é calculada pelo mês lunar (28 dias) e domingo para a primeira lua cheia depois do equinócio da primavera (21 de março). Em outras palavras, a Pascoa só pode começar o mais tardar em 22 de Março e até 18 de abril. Portanto varia de ano para ano.

Assim o costume foi levado para calcular as datas do Carnaval, só em contagem decrescente, 40 dias entre o Domingo de Ramos. Esse dia será quarta- feira, e é o dia que começa a Quaresma.
A data do carnaval varia de ano pra ano. E, o calendário é marcado pela Igreja Católica; que é calculada pela data do Domingo de Pascoa. 



Ao principio, a igreja foi contra o Carnaval. O considerava muito leniente com as emoções, prazeres e desejos das pessoas. Para a igreja, o carnaval representava a desordem, o proibido. Ainda assim, o carnaval continuava, e a igreja, sentindo que era impossível impedi-lo, acabou adotando oficialmente a festa em, 590 d. C., e começando a programar seu calendário.

A primeira quarta-feira após o carnaval chamou “quarta de cinzas”, da inicio á quaresma, período em que se devem abster-se de todos os tipos de prazeres, como a carne, os ovos, o sexo, diversão em geral.
Por causa disso, o carnaval é calculado em relação à Pascoa. Entre quarta-feira de cinzas e o domingo de Pascoa tem que passar cerca de 40 dias.

Além disso, esta celebração também é coincide com o feriado da Pascoa  judaica. Realizada na primeira lua (lua cheia), na primavera ou 14 dias depois da lua nova.
A Lua leva mais de 27 dias para se trasladar ao nosso redor, mas, entretanto, o Sol também muda a sua posição no céu a cada ano percorre todo o céu. Então, a Lua necessita de 2 dias a mais para chegar ao sol e isso acontece em 29 dias, 12 horas e 44 minutos e uma fração, para ir de uma lua nova até a próxima.

Assim, a maioria dos meses judaicos se alterna entre 29 e 30 dias, o primeiro Adar, 30 dias, o segundo Adar, 29, a Nissan, em 30 dias, Iyar, 29 Sivan, 30 e assim por diante, exceto Cheshvan e Kislev, no outono, dado que correspondem a 44 minutos e também outros ajustes.

Um importante ajuste desse tipo é aplicado no dia do Ano Novo, conhecido como Rosh  Hashaná (“inicio do ano”), você nunca deve cair em um domingo, quarta ou sexta-feira.
Isto é feito para evitar que, mais tarde, o Yom Kippur (“Dia do Perdão”), que é 10 dias mais tarde, para não cair junto do sabbath, porque dois dias de folga poderia dificultar a celebração adequada de ambos, e também para evitar que o sabbath coincidir com outro feriado que existe nesse mês. De modo que, curiosamente por causa desses ajustes, o Rosh Hashaná, muitas vezes não cai na lua nova.
Como é possível apreciar, para compensar o tempo introduzem um mês a cada 4 anos, para isso determinar que é uma festa “flutuante”.



O Messias foi   fcrucificado nos 14 dias de Nissan, como Paulo disse que é a nossa páscoa, o cordeiro sacrificado.
A seguinte é uma explicação um pouco mais complicada para alguns pelo uso de termos não muito comum para aqueles que não são judeus, mas também nos ajuda a compreender algumas das datas, mas este carnaval e pascoa:

No calendário judaico de 2008, por exemplo, (neste dia) é o dia 6 do mês de Adary este ano, é o “primeiro Adar” ou “Adar Aleph”, porque é um ano bissexto. O mês é seguido por “Adar Beth” “ou “ Ve Adar” (“e””Adar”), o segundo Adar, um mês extra adicionado ao longo do tempo.


Evidentemente, devemos ter em mente que o calendário judeu segue a lua: “Rosh Chodesh” (“inicio do mês”), o primeiro dia do mês cai sempre na Lua Nova, no momento em que a posição da Lua no céu passa pelo Sol. Depois disso, podemos  ver uma lua crescente logo após o por do sol





















domingo, 25 de janeiro de 2015

Três Amigos no Caminho de Santiago de Compostela

Viajar é diminuir as distancias entre você e seus sonhos. E a beleza é à sombra de Deus sobre o universo essencialmente benéfico ao nosso espirito. Acredito que foi o que aconteceu com os amigos João Maria Barros (Professor), Luciano Assis (Juiz de Direto) e Vladimir (advogado).

Lendo a revista DIARIO de nº 1- Macapá-Ap, novembro de 2014, deparei-me com o relato da aventura que o Dr. Luciano Assis descreveu com detalhe de emoção o percurso do Caminho de Santiago de Compostela. Após a leitura que realizei decidir aproveitar esse ensejo para desfrutar no meu blog, compartilhando com amigos e demais pessoas para aproveitarem a riqueza de experiência deste contexto. Para, então que todos possam interagir no decurso desta trajetória que naturalmente trouxe uma lição de vida para esses três amigos que desbravaram essa aventura.


“O Juiz de Direito Luciano Assis, na companhia de dois amigos, percorreu o caminho de Santiago de Compostela. Uma aventura que ele descreve com detalhe de emoção.

Fazer o caminho de Santiago de compostela tem como inicio a velha reflexão: religioso, turístico, sabático e, por fim, sem qualquer compromisso.

Eu, João e Vlad, pelo jeito, optamos para “sem compromisso” com leve tendência ao motivo sabático, como alguém que pretende se desligar do cotidiano. Todavia, estamos certos de que a razão de cada um surgiria na medida em que superássemos cada etapa. Tínhamos em mente: “Chegaremos lá (Santiago de Compostela)”!

Em solo espanhol, tomamos o trem até Pamplona, cidade mais próxima de Sant Jean de Pied Port, fronteira com a França, marco inicial do caminho francês. A primeira providencia foi procurar um albergue para o primeiro pernoite como peregrino, ansiosos para enfrentar aquele que seria o pior dos percursos, as montanhas dos pireneus.

Ao clarear do dia, depois de uma pequena amostra do que nos esperava nos próximos albergues (grandes quartos com beliches sonorizados por roncos e outros ruídos da noite, e banheiros coletivos abrigando homens e mulheres), enfrentamos, enfim, o primeiro trecho do caminho: Montanhas do Pirineus.

No caminho dos Pirineus encontramos os registros do perigo dessa jornada. As cruzes ao longo da estrada mostravam os mártires do caminho. Ao longo desse percurso soubemos que semanas antes duas asiáticas morrerem ao tentar transpor as montanhas sob nevasca. As dificuldades apresentadas logo no primeiro dia (dores nos pés, pernas e costas) eram compartilhadas com as primeiras amizades conquistadas.

Uma curiosidade: a verdade do caminho logo surgiu: “você só precisa da metade daquilo que julga necessário para fazer o caminho”. E as bagagens começaram a ficar pelo caminho, afinal, você vai carregar tudo aquilo que traz consigo e o jeito era eleger as prioridades.


Vencemos chuva, a neve acumulada no topo da montanha e o frio amenizado por um sol escaldante. Onze horas depois chegamos a Roncesvales, onde você encontra aquela famosa placa que mostra a dura realidade: Santiago de Compostela 790 km!

Nos três primeiros dias de caminhada, conforme o planejado (25km ao dia), o corpo começou a “gritar”. Eu me perguntava: “o que eu estou fazendo aqui??? Não vim pagar promessa!!!” Os medicamentos relaxantes musculares não resolviam, tamanha dor. Veio, então, a primeira lição do caminho: Ele (o caminho) é quem te guia! Resignados, abortamos o percurso planejado para nos hospedar em um mosteiro em Villava, do século XI próximo a Pamplona, com arquitetura de traços romanos e góticos. Valeu o descanso.

Nos próximos trechos, sem a metade da bagagem inicial, sob marcha militar, passamos por Pamplona, Puente La Reina, Estella , cruzamos os vinhedos de Navarra até chegar aos de Rioja, em Logrono. Bons vinhos ao longo desse percurso.


O cansaço e as dores nos dominavam. Cientes de que a marcha militar também não dera certo, depois de 10 dias de caminhada, o jeito foi adotar a ultima estratégia, aquela dita pelo caminho (ele é quem te guia), segundo a qual deveria ouvir nossos corpos, pois eles sabiam quando parar bastaria obedecer.

Chegamos ao refugio de Acácio e Orietta, um albergue apadrinhado pelo escritor Paulo Coelho, local, indicado aos peregrinos do Brasil. O lugar é místico, decorado com imagens e símbolos esotéricos. Ali não se paga pela estada, oferece-se donativo, colaboração, o suficiente para arrecadar o dinheiro da comida e alguma despesa a mais.

Dali em diante, tivemos mais duas jornadas longas: San Juan de Ortega, a 34 km e Burgos, a mais 28 km adiante. Dois percursos sob sol intenso, deu até vontade de desistir. As dores repercutiam em todo o corpo. Não havia mais estratégia que pudesse minimizá-las, nem mesmo os alongamentos. Por conta disso, procuramos um pouco mais de conforto para o descanso do dia, um hostal no centro medieval de Burgos.


Ficamos apenas uma noite em Burgos, mas mesmo assim pudemos conhecer a Catedral, símbolo da arte gótica, e os jardins que seguem ao longo do riacho que corta a cidade. A passagem por Burgos merecia um tempo maior.

Seguimos caminho, a próxima parada seria Hornillos del Camino, localizado a 7 horas de caminhada de Burgos. Já estávamos  na semana santa, quinta-feira, e nos deparamos com uma situação curiosa: os espanhóis aproveitam os feriados para fazer parte do Caminho de Santiago de Compostela. E se hospedam nos albergues destinados aos peregrinos. Conclusão: 100% de ocupação e nós, depois de 7 horas de caminhada, ficamos sem hospedagem. Procuramos abrigo na igreja e até acomodações improvisadas. Na igreja era proibido e as casas estavam lotadas. Graças a um bom samaritano, fomos levados até uma cidade próxima, fora do caminho, onde dormimos para no dia seguinte retornar ao itinerário que nos levaria a Santiago de Compostela.


Dali em diante o clima mudou e logo vieram à chuva e frio por vários dias. O ditado que regia era o seguinte: “Nada é tão ruim que não possa piorar”. Passamos por Boadilla Del Camino, Carrion de Los Condes (onde passamos o domingo de pascoa, seguido por um bom bacalhau e vinhos da casa). Terradilhos de Los Templários e Berciano Del Real Camino. Aqui merece um registro: o esquema do albergue era pautado na solidariedade. Não se paga nada, apenas colabora, não só com dinheiro, mas também o trabalho. E assim fizemos o jantar, compartilhamos o vinho, lavamos a louca e cantamos muito e em vários idiomas, graças às mídias do tablet de um holandês.

E assim, passamos esses dias, vencemos aquela que seria a parte mais causticante do caminho, por suas subidas e descidas e paisagens pouco atraentes. Muitos peregrinos também chamados de turisgrinos, “pulam” esse trecho. Nesses dias vieram as mais inusitadas neuras, tudo conspirava pra você pensar sobre a vida, redefinir valores, reavaliar amizades e dai por diante. Algo meio sinistro para quem não é dado a esses tipos de reflexões.


Enfim, chegamos a Leon, cidade escolhida para passarmos mais de um dia. Lá encontramos muitos dos amigos do caminho, parecia que todos resolveram ficar mais um dia naquela cidade. Também pudera, com aqueles edifícios medievais, catedral estilo gótico e construções do império romano, descobertas nos arredores da catedral.


A culinária de Leon, por outro lado, favorecia a estada prolongada. Bons restaurantes e bares para desfrutar dos seus bocadillos, tudo, é claro, seguidos de excelentes vinhos, indispensáveis diante do frio e chuva que nos assolavam.

A saída de Leon, sob chuva e frio, foi logo superada por forte sol e vento, uma mudança brusca do clima. Nessa toada passamos por Villavante, 32 km à frente, pequeno vilarejo. No dia seguinte, o objetivo era Astorga, outra importante cidade do Caminho.

A Chegada a Astorga sob sol e vento frio foi tranquila. Cidade de gastronomia exuberante, provamos o prato típico “cocido de maragato”, acompanhado de bom tinto de Bierzo. Não foi possível visitar o museu de Gaudi, só mesmo as lindas igrejas, alias, como de costume ao longo do caminho.

Depois de pernoitarmos em Rabanal del Camino, sob frio intenso, seguimos em direção a Molinaseca, logo adiante, afinal, “o caminho é feito a passos lentos”. Um Catarinense que conhecemos nesse trajeto, apressado demais, preferiu esticar a jornada até Ponferrada, cidade de grande porte. A caminho de Molina-seca, chegamos à famosa cruz de ferro, cujo local manda a tradição que os peregrinos depositem uma pedra na sua base e façam seus pedidos. Assim o fizemos.
O local é místico, não tem quem não se emocione ao chegar ali. A névoa, a garoa fina e o frio dão ao local um ambiente de paz, de resignação. Tantas pedras à base da cruz mostram a fé dos peregrinos, quantos pedidos, promessas e agradecimentos depositados ao longo do tempo. É, para nós, pareceu-nos um divisor de momentos do caminho. Ali, encerramos a fase das estratégias de condicionamento físico, das reclamações das dores pelo corpo. Finalmente, assumimos o caminho como algo natural, que deveria ser vencido dia a dia, respeitados os limites que o organismo nos impõe. Resolvemos, enfim, caminhar... E só! Era mais uma lição...


Superamos os dias frios, de sol forte e muito vento, além dos percursos com paisagens não muito atraentes, o que nos restou de bom foram as reflexões, as orações, as conversas de “pé de orelha” com Deus nesses momentos de dificuldades. Afinal de contas, eram vinte e tantos quilômetros todos os dias e sob aquelas intempéries.

De Molinaseca em adiante, abriu-se um novo cenário, a começar pela chegada a essa cidadezinha, incrustada ao pé de uma montanha e a banhada por um riacho de águas cristalinas, cujas margens eram decoradas por flores, mostrando a exuberância  da primavera  europeia. E tantas foram as flores que nos fizeram lembrar a família, todas retratadas ao longo da jornada.

Ajustando “GPS” humano para Cacabelos, nossa próxima parada, ao chegar já surgiram os primeiros sinais de que a da Galicia estava próxima, graças à gastronomia oferecida nos restaurantes, com destaque para polvos feitos dos mais estranhos modos, além das parrilladas. Para nós, de cara, “pulpo a gallega” acompanhado de vinho branco. Não houve muitos registros fotográficos, pois o cansaço nos dominou e precisávamos de repouso, pois em dois dias enfrentaríamos o segundo maior obstáculo do caminho: o temido Cebreiro. Juntocom o descanso, foi-se o mês de abril.


No dia seguinte feriado de 1º de maio, tivemos um bom dia pra caminhar, com destino a Veja de Valcarce, ultima parada até a base do Cebreiro. Quem encontramos lá? Aquele catarinense apressado... Pasmem, com preocupante lesão nos tendões do pé, em repouso por orientação medica. Talvez por não ter levado a serio a lenda de que “o caminho se faz a passos lentos”, aquele esforço desnecessário de dias atrás comprometeu o restante de sua caminhada. Ficou pra trás.

Descansados, seguimos para o Cebreiro. Foi simplesmente incrível. A subida íngreme da montanha justificava o temor tão noticiado. A cada passo, parecia que o céu ficava mais próximo, chegamos a atravessar as nuvens. O frio da Altitude e o ar rarefeito nos cansavam ainda mais. Passamos pelo marco que indicava que estávamos entrando na região da Galícia. Lá no topo, vencida a subida, um vilarejo constituído de construções de pedra nos esperava com suas lembranças e comidas típicas, algo muito voltado para o turismo, distanciado do caminho. O horário  da chegada e a necessidade de seguir em frente não nos permitiu muito tempo ali. Só mesmo os registros fotográficos.





A peregrinação estava próxima do fim. Nosso objetivo, agora, era chegar a Melide, na Galícia, para comemorarmos o aniversario de João Maria Barros, 61 anos aos 4 de maio, em pleno caminho de Santiago de Compostela. Festejo com parrillada e vinho, muito vinho.

Pé na estrada no dia seguinte. Todos preparados para Arzúa, cada vez mais próximos de Santiago de Compostela. A ansiedade estampada nosso comportamento. Era um misto de vontade de chegar com o de “pena que está acabanndo”. Em Arzua, a preocupação era o joelho de João, que insistia em doer desde o inicio da caminhada. Não seria agora, a pouco menos de 40 km, que haveria uma baixa. E haja anti-inflamatórios e repousos no Albergue Los Caminantes.


Do albergue Los Caminantes, em Arzua, até Arca foi um pulo. Era a ultima etapa da viagem até Compostela. Na Pension  da Arca passamos a ultima noite. Ansiosos, seguimos rapidamente no ultimo dia. Passamos por Monte de Gozo, ultima parada do caminho, de onde já se avistava Santiago de Compostela.

A medida que nos aproximávamos da cidade já vinha à cabeça sobre como seria a chegada. Afinal de contas, foram mais de 800 km de caminhada, do dia 4 de abril a 7 de maio. E assim chegamos à cidade, percorremos quase duas horas pelas ruas de Santiago de Compostela.

A ideia comum era a de que a chegada seria apoteótica, pela porta da frente da Catedral, por onde os peregrinos de joelhos ou deitados, agradecem a Deus a conclusão do percurso. E dali, também, tínhamos reservado nossa vaga num albergue ali próximo, encerrando assim a jornada.



O curioso é que, seguindo as setas amarelas do Caminho chegamos primeiro no albergue. “Uai, cadê a Catedral??? Perguntávamos uns aos outros. Não teria graça se fosse no estilo tradicional. Eis que nós estávamos exatamente na lateral da catedral, bem em frente a uma porta  de acesso, daquelas simples.

Essa chegada sem aquela pompa toda retratou bem o propósito do caminho. Simples, como começou e terminou. Cada um fez o seu cada qual criou a motivação ao longo da jornada. E nós achamos que esse, sim, é o verdadeiro caminho, aquele que vem de dentro, por meio do qual você  se liberta das paixões, submete sua vontade e realiza progressos na vida espiritual. De fato, quem faz o caminho volta diferente. Ao adentarmos à catedral, lotada  por peregrinos, romeiros, turistas, enfim, católicos do mundo, só nos restou agradecer a Deus pelo êxito. As orações e meditações ao longo do caminho foram providenciais ao sucesso. Fisicamente, todos bem. O joelho do João aumentou; Vlad, com algumas bolhas; eu, nem isso.




“Mas e as pessoas que também faziam o caminho, como foi a relação com elas? “Vocês inevitavelmente gostariam de perguntar. Bem, isso pode ser contado noutra ocasião, até porque Vedran, Stivie, Paolo, Karla Massa, Claudia Untar, Emilio, Ângelo, Marcos e tantos outros, cada um tem sua historia no caminho.
É isso aí, buen caminho!”