domingo, 25 de janeiro de 2015

Três Amigos no Caminho de Santiago de Compostela

Viajar é diminuir as distancias entre você e seus sonhos. E a beleza é à sombra de Deus sobre o universo essencialmente benéfico ao nosso espirito. Acredito que foi o que aconteceu com os amigos João Maria Barros (Professor), Luciano Assis (Juiz de Direto) e Vladimir (advogado).

Lendo a revista DIARIO de nº 1- Macapá-Ap, novembro de 2014, deparei-me com o relato da aventura que o Dr. Luciano Assis descreveu com detalhe de emoção o percurso do Caminho de Santiago de Compostela. Após a leitura que realizei decidir aproveitar esse ensejo para desfrutar no meu blog, compartilhando com amigos e demais pessoas para aproveitarem a riqueza de experiência deste contexto. Para, então que todos possam interagir no decurso desta trajetória que naturalmente trouxe uma lição de vida para esses três amigos que desbravaram essa aventura.


“O Juiz de Direito Luciano Assis, na companhia de dois amigos, percorreu o caminho de Santiago de Compostela. Uma aventura que ele descreve com detalhe de emoção.

Fazer o caminho de Santiago de compostela tem como inicio a velha reflexão: religioso, turístico, sabático e, por fim, sem qualquer compromisso.

Eu, João e Vlad, pelo jeito, optamos para “sem compromisso” com leve tendência ao motivo sabático, como alguém que pretende se desligar do cotidiano. Todavia, estamos certos de que a razão de cada um surgiria na medida em que superássemos cada etapa. Tínhamos em mente: “Chegaremos lá (Santiago de Compostela)”!

Em solo espanhol, tomamos o trem até Pamplona, cidade mais próxima de Sant Jean de Pied Port, fronteira com a França, marco inicial do caminho francês. A primeira providencia foi procurar um albergue para o primeiro pernoite como peregrino, ansiosos para enfrentar aquele que seria o pior dos percursos, as montanhas dos pireneus.

Ao clarear do dia, depois de uma pequena amostra do que nos esperava nos próximos albergues (grandes quartos com beliches sonorizados por roncos e outros ruídos da noite, e banheiros coletivos abrigando homens e mulheres), enfrentamos, enfim, o primeiro trecho do caminho: Montanhas do Pirineus.

No caminho dos Pirineus encontramos os registros do perigo dessa jornada. As cruzes ao longo da estrada mostravam os mártires do caminho. Ao longo desse percurso soubemos que semanas antes duas asiáticas morrerem ao tentar transpor as montanhas sob nevasca. As dificuldades apresentadas logo no primeiro dia (dores nos pés, pernas e costas) eram compartilhadas com as primeiras amizades conquistadas.

Uma curiosidade: a verdade do caminho logo surgiu: “você só precisa da metade daquilo que julga necessário para fazer o caminho”. E as bagagens começaram a ficar pelo caminho, afinal, você vai carregar tudo aquilo que traz consigo e o jeito era eleger as prioridades.


Vencemos chuva, a neve acumulada no topo da montanha e o frio amenizado por um sol escaldante. Onze horas depois chegamos a Roncesvales, onde você encontra aquela famosa placa que mostra a dura realidade: Santiago de Compostela 790 km!

Nos três primeiros dias de caminhada, conforme o planejado (25km ao dia), o corpo começou a “gritar”. Eu me perguntava: “o que eu estou fazendo aqui??? Não vim pagar promessa!!!” Os medicamentos relaxantes musculares não resolviam, tamanha dor. Veio, então, a primeira lição do caminho: Ele (o caminho) é quem te guia! Resignados, abortamos o percurso planejado para nos hospedar em um mosteiro em Villava, do século XI próximo a Pamplona, com arquitetura de traços romanos e góticos. Valeu o descanso.

Nos próximos trechos, sem a metade da bagagem inicial, sob marcha militar, passamos por Pamplona, Puente La Reina, Estella , cruzamos os vinhedos de Navarra até chegar aos de Rioja, em Logrono. Bons vinhos ao longo desse percurso.


O cansaço e as dores nos dominavam. Cientes de que a marcha militar também não dera certo, depois de 10 dias de caminhada, o jeito foi adotar a ultima estratégia, aquela dita pelo caminho (ele é quem te guia), segundo a qual deveria ouvir nossos corpos, pois eles sabiam quando parar bastaria obedecer.

Chegamos ao refugio de Acácio e Orietta, um albergue apadrinhado pelo escritor Paulo Coelho, local, indicado aos peregrinos do Brasil. O lugar é místico, decorado com imagens e símbolos esotéricos. Ali não se paga pela estada, oferece-se donativo, colaboração, o suficiente para arrecadar o dinheiro da comida e alguma despesa a mais.

Dali em diante, tivemos mais duas jornadas longas: San Juan de Ortega, a 34 km e Burgos, a mais 28 km adiante. Dois percursos sob sol intenso, deu até vontade de desistir. As dores repercutiam em todo o corpo. Não havia mais estratégia que pudesse minimizá-las, nem mesmo os alongamentos. Por conta disso, procuramos um pouco mais de conforto para o descanso do dia, um hostal no centro medieval de Burgos.


Ficamos apenas uma noite em Burgos, mas mesmo assim pudemos conhecer a Catedral, símbolo da arte gótica, e os jardins que seguem ao longo do riacho que corta a cidade. A passagem por Burgos merecia um tempo maior.

Seguimos caminho, a próxima parada seria Hornillos del Camino, localizado a 7 horas de caminhada de Burgos. Já estávamos  na semana santa, quinta-feira, e nos deparamos com uma situação curiosa: os espanhóis aproveitam os feriados para fazer parte do Caminho de Santiago de Compostela. E se hospedam nos albergues destinados aos peregrinos. Conclusão: 100% de ocupação e nós, depois de 7 horas de caminhada, ficamos sem hospedagem. Procuramos abrigo na igreja e até acomodações improvisadas. Na igreja era proibido e as casas estavam lotadas. Graças a um bom samaritano, fomos levados até uma cidade próxima, fora do caminho, onde dormimos para no dia seguinte retornar ao itinerário que nos levaria a Santiago de Compostela.


Dali em diante o clima mudou e logo vieram à chuva e frio por vários dias. O ditado que regia era o seguinte: “Nada é tão ruim que não possa piorar”. Passamos por Boadilla Del Camino, Carrion de Los Condes (onde passamos o domingo de pascoa, seguido por um bom bacalhau e vinhos da casa). Terradilhos de Los Templários e Berciano Del Real Camino. Aqui merece um registro: o esquema do albergue era pautado na solidariedade. Não se paga nada, apenas colabora, não só com dinheiro, mas também o trabalho. E assim fizemos o jantar, compartilhamos o vinho, lavamos a louca e cantamos muito e em vários idiomas, graças às mídias do tablet de um holandês.

E assim, passamos esses dias, vencemos aquela que seria a parte mais causticante do caminho, por suas subidas e descidas e paisagens pouco atraentes. Muitos peregrinos também chamados de turisgrinos, “pulam” esse trecho. Nesses dias vieram as mais inusitadas neuras, tudo conspirava pra você pensar sobre a vida, redefinir valores, reavaliar amizades e dai por diante. Algo meio sinistro para quem não é dado a esses tipos de reflexões.


Enfim, chegamos a Leon, cidade escolhida para passarmos mais de um dia. Lá encontramos muitos dos amigos do caminho, parecia que todos resolveram ficar mais um dia naquela cidade. Também pudera, com aqueles edifícios medievais, catedral estilo gótico e construções do império romano, descobertas nos arredores da catedral.


A culinária de Leon, por outro lado, favorecia a estada prolongada. Bons restaurantes e bares para desfrutar dos seus bocadillos, tudo, é claro, seguidos de excelentes vinhos, indispensáveis diante do frio e chuva que nos assolavam.

A saída de Leon, sob chuva e frio, foi logo superada por forte sol e vento, uma mudança brusca do clima. Nessa toada passamos por Villavante, 32 km à frente, pequeno vilarejo. No dia seguinte, o objetivo era Astorga, outra importante cidade do Caminho.

A Chegada a Astorga sob sol e vento frio foi tranquila. Cidade de gastronomia exuberante, provamos o prato típico “cocido de maragato”, acompanhado de bom tinto de Bierzo. Não foi possível visitar o museu de Gaudi, só mesmo as lindas igrejas, alias, como de costume ao longo do caminho.

Depois de pernoitarmos em Rabanal del Camino, sob frio intenso, seguimos em direção a Molinaseca, logo adiante, afinal, “o caminho é feito a passos lentos”. Um Catarinense que conhecemos nesse trajeto, apressado demais, preferiu esticar a jornada até Ponferrada, cidade de grande porte. A caminho de Molina-seca, chegamos à famosa cruz de ferro, cujo local manda a tradição que os peregrinos depositem uma pedra na sua base e façam seus pedidos. Assim o fizemos.
O local é místico, não tem quem não se emocione ao chegar ali. A névoa, a garoa fina e o frio dão ao local um ambiente de paz, de resignação. Tantas pedras à base da cruz mostram a fé dos peregrinos, quantos pedidos, promessas e agradecimentos depositados ao longo do tempo. É, para nós, pareceu-nos um divisor de momentos do caminho. Ali, encerramos a fase das estratégias de condicionamento físico, das reclamações das dores pelo corpo. Finalmente, assumimos o caminho como algo natural, que deveria ser vencido dia a dia, respeitados os limites que o organismo nos impõe. Resolvemos, enfim, caminhar... E só! Era mais uma lição...


Superamos os dias frios, de sol forte e muito vento, além dos percursos com paisagens não muito atraentes, o que nos restou de bom foram as reflexões, as orações, as conversas de “pé de orelha” com Deus nesses momentos de dificuldades. Afinal de contas, eram vinte e tantos quilômetros todos os dias e sob aquelas intempéries.

De Molinaseca em adiante, abriu-se um novo cenário, a começar pela chegada a essa cidadezinha, incrustada ao pé de uma montanha e a banhada por um riacho de águas cristalinas, cujas margens eram decoradas por flores, mostrando a exuberância  da primavera  europeia. E tantas foram as flores que nos fizeram lembrar a família, todas retratadas ao longo da jornada.

Ajustando “GPS” humano para Cacabelos, nossa próxima parada, ao chegar já surgiram os primeiros sinais de que a da Galicia estava próxima, graças à gastronomia oferecida nos restaurantes, com destaque para polvos feitos dos mais estranhos modos, além das parrilladas. Para nós, de cara, “pulpo a gallega” acompanhado de vinho branco. Não houve muitos registros fotográficos, pois o cansaço nos dominou e precisávamos de repouso, pois em dois dias enfrentaríamos o segundo maior obstáculo do caminho: o temido Cebreiro. Juntocom o descanso, foi-se o mês de abril.


No dia seguinte feriado de 1º de maio, tivemos um bom dia pra caminhar, com destino a Veja de Valcarce, ultima parada até a base do Cebreiro. Quem encontramos lá? Aquele catarinense apressado... Pasmem, com preocupante lesão nos tendões do pé, em repouso por orientação medica. Talvez por não ter levado a serio a lenda de que “o caminho se faz a passos lentos”, aquele esforço desnecessário de dias atrás comprometeu o restante de sua caminhada. Ficou pra trás.

Descansados, seguimos para o Cebreiro. Foi simplesmente incrível. A subida íngreme da montanha justificava o temor tão noticiado. A cada passo, parecia que o céu ficava mais próximo, chegamos a atravessar as nuvens. O frio da Altitude e o ar rarefeito nos cansavam ainda mais. Passamos pelo marco que indicava que estávamos entrando na região da Galícia. Lá no topo, vencida a subida, um vilarejo constituído de construções de pedra nos esperava com suas lembranças e comidas típicas, algo muito voltado para o turismo, distanciado do caminho. O horário  da chegada e a necessidade de seguir em frente não nos permitiu muito tempo ali. Só mesmo os registros fotográficos.





A peregrinação estava próxima do fim. Nosso objetivo, agora, era chegar a Melide, na Galícia, para comemorarmos o aniversario de João Maria Barros, 61 anos aos 4 de maio, em pleno caminho de Santiago de Compostela. Festejo com parrillada e vinho, muito vinho.

Pé na estrada no dia seguinte. Todos preparados para Arzúa, cada vez mais próximos de Santiago de Compostela. A ansiedade estampada nosso comportamento. Era um misto de vontade de chegar com o de “pena que está acabanndo”. Em Arzua, a preocupação era o joelho de João, que insistia em doer desde o inicio da caminhada. Não seria agora, a pouco menos de 40 km, que haveria uma baixa. E haja anti-inflamatórios e repousos no Albergue Los Caminantes.


Do albergue Los Caminantes, em Arzua, até Arca foi um pulo. Era a ultima etapa da viagem até Compostela. Na Pension  da Arca passamos a ultima noite. Ansiosos, seguimos rapidamente no ultimo dia. Passamos por Monte de Gozo, ultima parada do caminho, de onde já se avistava Santiago de Compostela.

A medida que nos aproximávamos da cidade já vinha à cabeça sobre como seria a chegada. Afinal de contas, foram mais de 800 km de caminhada, do dia 4 de abril a 7 de maio. E assim chegamos à cidade, percorremos quase duas horas pelas ruas de Santiago de Compostela.

A ideia comum era a de que a chegada seria apoteótica, pela porta da frente da Catedral, por onde os peregrinos de joelhos ou deitados, agradecem a Deus a conclusão do percurso. E dali, também, tínhamos reservado nossa vaga num albergue ali próximo, encerrando assim a jornada.



O curioso é que, seguindo as setas amarelas do Caminho chegamos primeiro no albergue. “Uai, cadê a Catedral??? Perguntávamos uns aos outros. Não teria graça se fosse no estilo tradicional. Eis que nós estávamos exatamente na lateral da catedral, bem em frente a uma porta  de acesso, daquelas simples.

Essa chegada sem aquela pompa toda retratou bem o propósito do caminho. Simples, como começou e terminou. Cada um fez o seu cada qual criou a motivação ao longo da jornada. E nós achamos que esse, sim, é o verdadeiro caminho, aquele que vem de dentro, por meio do qual você  se liberta das paixões, submete sua vontade e realiza progressos na vida espiritual. De fato, quem faz o caminho volta diferente. Ao adentarmos à catedral, lotada  por peregrinos, romeiros, turistas, enfim, católicos do mundo, só nos restou agradecer a Deus pelo êxito. As orações e meditações ao longo do caminho foram providenciais ao sucesso. Fisicamente, todos bem. O joelho do João aumentou; Vlad, com algumas bolhas; eu, nem isso.




“Mas e as pessoas que também faziam o caminho, como foi a relação com elas? “Vocês inevitavelmente gostariam de perguntar. Bem, isso pode ser contado noutra ocasião, até porque Vedran, Stivie, Paolo, Karla Massa, Claudia Untar, Emilio, Ângelo, Marcos e tantos outros, cada um tem sua historia no caminho.
É isso aí, buen caminho!”
            


terça-feira, 23 de setembro de 2014

Equinócio da Primavera



O Equinócio da primavera 2014 foi festejado ao som de Musica Regional e Marabaixo, no Monumento do Marco Zero.



Fonte: Agencia Amapá

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Aventura no ritmo da natureza

Em busca de aventura no ritmo da natureza. Em 2013 foi sul e coração da Bahia, indo pelo litoral. Voltamos novamente em 2014, ainda conhecendo o estado da Bahia, à primeira foi a Cidade de Eunápolis, desta vez pesquisei um pouco da sua historia: Iniciada a partir da finalização da construção do ramal de acesso (hoje BR-367), da cidade de Porto Seguro à picada de locação da BA-2, depois BR-5 e atual BR-101, quando os garimpeiros, como eram chamados os profissionais que construíam estradas usando pás picaretas e galiotas, construíram choupanas para abrigarem-se, esperando pela chegada das empreiteiras que iriam dar continuidade à construção da estrada principal, naquele momento interrompido. Conhecido inicialmente como Km 64, que era a distancia de Porto Seguro ao entroncamento da futura BA-2, foi também chamado de Nova Floresta e Ibiapina. O vilarejo cresceu bastante, chegando a ser conhecido, já com o topônimo de Eunápolis, como o maior povoado do mundo. O nome da cidade é uma homenagem ao engenheiro Eunápio Peltier de Queiróz, secretário estadual de Viação e Obras públicas da época (1954), responsável pela aquisição de 100 hectares de terras compradas ao Sr. Ivan de Almeida Moura, doando-as para a formação do povoado, cujo perímetro situava-se sobre os municípios de Porto Seguro (20%) e Santa Cruz Cabrália (80%), tendo sido seu território criado nas mesmas proporções quando da sua emancipação, por força da Lei Estadual de 12 de maio de 1988. A sede ganhou status de cidade, através da lei que criou o município.
O maior povoado do mundo.
A criatividade de sua gente e a vontade de ver sua terra crescer transformaram a frase num slogan que todos passaram a pronunciar com orgulho. O povoado era notícia em revistas, jornais e TVs do estado e até do país, como o povoado que mais crescia, bem como por sua violência e as invasões de terra. Tudo era grande, inclusive a estimativa da população que alguns calculavam entre 150 e 200 mil, mas que na verdade não passava de 50 a 60 mil habitantes. Mesmo assim, era maior que a soma da população dos dois municípios aos quais pertencia. Sua importância econômica era tão grande na micro-região, que alguns prefeitos das cidades circunvizinhas moravam em Eunápolis, onde havia uma segunda prefeitura, a de Santa Cruz Cabrália, além da de Porto Seguro.
Emancipação:
Havia nesse tempo conflitos políticos/administrativos, criando rivalidades entre a população, que se aproveitava para sonegar impostos. A divisão e a rivalidade atrapalharam bastante o processo de emancipação, pois Eunápolis era governado por dois administradores, um de Porto Seguro e outro de Santa Cruz Cabrália. Já em 1962, Moisés Reis, através de um projeto apresentado a Câmara Municipal de Porto Seguro, onde era vereador, sugeriu a emancipação do povoado.
Em 1985 a população consultada através de um plebiscito sobre a emancipação, votou contra, pois não concordava com os limites sugeridos em um projeto apresentado na Assembleia Legislativa, impedindo a sua realização. Só em 7 de fevereiro de 1988 um outro plebiscito deu a legitimidade proposta pela comissão de emancipação e pelo então deputado estadual José Ramos Neto.
O projeto de lei que propôs e garantiu a emancipação foi o de nº 5284/81, de autoria do deputado Carlos Araújo.
O plebiscito se tornou uma grande festa cívica, mobilizando todo o povoado, que ficou dividido. Alguns achavam que Eunápolis pararia de crescer e outros achavam que iria crescer mais rapidamente. Neste embate ficaram faltando votos para confirmar a emancipação, foi quando muitos eleitores favoráveis ao SIM, passaram a votar várias vezes, garantindo assim a aprovação da emancipação. Em 12 de maio de 1988, o então governador do estado, Valdir Pires, assinou o decreto nº 4770 que emancipou oficialmente o povoado, confirmando a vitória da emancipação no plebiscito. Eunápolis passou então a ser uma cidade independente.
Uma cidade gostosa, com comidas típicas e uns caldos deliciosos. Participamos do maior e melhor S. Pedro do mundo, 3 dias de festas com cantores nacionais e locais




Uma festa que atrai multidões de pessoas.





A festa do maior e melhor São Pedro na cidade de Eunápolis foi show. Foram três noites espetaculares com bastante animação do publico e os artistas nacionais e regionais como: Luan Santana, Pablo, Cesar Menott & Fabiano, Garota Safada, magníficos, Sales... foi sensacional.








Seguimos para Porto Seguro, com a família conhecendo as cultura e etnias do estado da Bahia e um pouco de sua historia:
Porto Seguro localiza-se na região que foi, oficialmente, a primeira a ser descoberta pelos navegadores portugueses no atual território brasileiro. Em 21 de abril de 1500, o navegador Pedro Álvares Cabral avistou terra firme, após ter deixado a costa africana um mês antes. O lugar avistado foi o Monte Pascoal, 62 quilômetros ao sul de Porto Seguro. No dia seguinte, os portugueses desembarcaram em terra firme pela primeira vez no atual território brasileiro, num local cujo ponto exato ainda é debatido pelos historiadores.

Em 24 de abril, a expedição ancorou em Porto Seguro. A cidade teve seu primeiro fortim levantado em 1504 por Gonçalo Coelho. Em 1530, quando o comércio com as Índias Orientais enfraqueceu, Portugal passou a se interessar pela nova terra descoberta e veio dela tomar posse. Terra esta que lhe cabia pelo Tratado de Tordesilhas. Na época colonial, Porto Seguro era chamada de Nhoesembé.
Visitar o sítio histórico da Cidade Alta de Porto Seguro é quase uma obrigação para os milhares de turistas que chegam a Porto Seguro - cidade Monumento Nacional instituída por decreto presidencial em 1973. Um dos primeiros núcleos habitacionais do Brasil, Porto Seguro, além de ostentar o Marco do Descobrimento, desempenhou papel importante nos primeiros anos da colonização. São desta época prédios históricos que podem ser visitados durante o dia ou apreciados à noite, quando sob efeito de iluminação especial.
A primeira vila do Brasil
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O passeio histórico pode começar pelo Marco do Descobrimento, de onde se descortina uma das mais belas paisagens do litoral de Porto Seguro. O marco veio de Portugal entre 1503 e 1526 e simboliza o poder da coroa portuguesa, utilizado para demarcar suas terras. Todo em pedra de cantaria, de um lado está esculpida a cruz da Ordem de Avis e, do outro, o brasão de armas de Portugal.



Na mesma área, está a igreja de Nossa Senhora da Pena, construída em 1535 pelo donatário da capitania, Pero do Campo Tourinho. Aí estão guardadas imagens sacras dos séculos XVI e XVII, entre elas a de São Francisco de Assis - primeira imagem trazida para o Brasil - e a de Nossa Senhora da Pena, padroeira da cidade, festejada a 8 de setembro. Para se ter uma melhor ideia de como era a capitania no século de Tourinho e da chegada dos jesuítas, pode-se ler alguns trechos das cartas escritas por Manuel da Nóbrega ou por José de Anchieta, padres da Companhia de Jesus, sobre a região.
Mais adiante, o Paço Municipal ou Casa de Câmara e Cadeia, datada do século XVIII, uma das mais belas construções do Brasil colônia. Nesse prédio, funciona o Museu Histórico da Cidade ou Museu do Descobrimento. A igreja da Misericórdia, ou do Senhor dos Passos, de estilo singelo, guarda imagens barrocas, destacando-se a do Senhor dos Passos e a de Cristo crucificado.



Ainda em meio do casario tombado como monumento nacional, se ergue a igreja de são Benedito, ao lado das ruínas da antiga residência e colégio dos jesuítas. A igreja foi construída pelos jesuítas em 1551 e era conhecida como de São Pedro e de Nossa Senhora do Rosário. Do lado oposto, ainda na Cidade Alta, localizam-se a estação rodoviária e o aeroporto. No século XVII, o fortim que havia sido levantado por Gonçalo Coelho foi reforçado.


Passeando pelas cidades históricas, de onde começou o Brasil.

Coroa Vermelha Santa/ Cruz de Cabrália, Um pouco da historia:
Coroa Vermelha respira história. Distrito da cidade de Santa Cruz de Cabrália, nome dado devido a Cabral, foi o lugar onde se rezou a primeira missa no Brasil, pelo infante Dom Henrique. Lá tem uma cruz erguida nas comemorações dos 500 anos.
Considerada ponto de desembarque da expedição de Pedro Álvarez Cabral quando chegou ao Brasil, Coroa Vermelha atrai turistas que chegam à busca de uma enseada tranquila, com águas rasas e areias brancas. Concentra lojinhas de artesanato produzido pelos índios pataxós e barracas. Fica a oito quilômetros do centro de Cabrália.



Santa Cruz Cabrália é uma das cidades históricas do estado da Bahia, por nela terem sido realizadas a primeira (Domingo de Páscoa) e a segunda (de Posse) Missas no Brasil, ambas celebradas por Frei Henrique de Coimbra , capelão da armada de Pedro Álvares Cabral, em 26 de abril e 1 de maio de 1500, respectivamente, a primeira delas na extremidade sul



da Baía Cabrália, mais precisamente no Ilhéu da Coroa Vermelha e a segunda na foz do Rio Mutari.
Santa Cruz Cabrália é uma cidade construída em dois planos, seguindo a tradição portuguesa, tendo sido criada na margem norte da foz do Rio Mutari pelo navegador português Gonçalo Coelho, comandante da segunda expedição ao Brasil, que aportou na Baía Cabrália em 1503 para ali deixar os primeiros missionários, aventureiros e degredados, deixados ao lado da Santa Cruz de Posse, e que trouxe consigo, como observador, o navegador Américo Vespúcio. Neste ano de 1503, o nome mudou de Terra de Vera Cruz para Terra de Santa Cruz.





O Campo Bahia foi o centro de treinamento da Seleção Alemã de Futebol durante a Copa do Mundo FIFA de 2014 no Brasil. Construído especialmente para hospedar a seleção da Alemanha, está situado na vila de Santo André, uma área de proteção ambiental acessível apenas por balsa, no município de Santa Cruz Cabrália, sul da Bahia. Situado ao lado do resort Costa Brasilis, o complexo de 15 mil metros quadrados fica a 45 minutos do Aeroporto de Porto Seguro.









Arraial d'Ajuda é um distrito de Porto Seguro, localizado no estado da  Bahia. A pequena vila se caracteriza pelas suas praias paradisíacas, natureza exuberante e construções com vario estilo, do romântico ao exótico.
É o maior e o mais famoso distrito de Porto Seguro. E o mais próximo também, é só atravessar a balsa e pronto, tá lá! Mas as diferenças com a sede são gritantes! São públicos diferentes, estilos diferentes, tudo diferente!




é menorzinho, tem uma estimativa de 18 mil moradores, mas esse número se agiganta na alta temporada, quando a paz e a tranquilidade praticamente desaparecem e o agito toma conta da cidade. Recebe turistas de todo o mundo, durante todo o ano, mas é no verão que o lugar ferve.

Arraial d’Ajuda é uma vila charmosa e diversificada. A 
cada esquina um estilo diferente, rustico, moderno, esotérico, romântico, chique, charmoso e colorido.
Basicamente, a vila se resume a 2 ruas principais: Bróduei e Mucugê!

Mucugê  é uma rua super charmosa onde estão localizados a maioria dos restaurantes, bares, lojas e hotéis da vila. Ela também dá acesso a praia de mesmo nome.

Já a Bróduei concentrava o agito noturno, nos anos 90, mas hoje está um pouco decadente, não tem a mesma graça e charme da Rua do Mucugê! Mas ainda assim, continua bastante movimentada. Lá existem várias lojinhas coloridas que vendem artesanatos locais e é, também, o local que dá acesso à praça onde fica a igreja de Nossa Senhora d’Ajuda, construída em 1549. Atrás da igrejinha, tem um mirante incrível com uma vista panorâmica das praias.










Ah e uma tradição é amarrar uma fitinha de Nossa Senhora d’Ajuda na mureta do mirante e fazer um pedido pra santa!









Mirante de trás da Igreja de Nossa Senhora d’Ajuda







 E futuramente serei a nova moradora desse paraíso que me seduziu com a rua mais charmosa do Brasil, ”A Rua do Mucugê”, praias paradisíacas, falésias e com uma natureza fascinante, um lugar lindo pra curtir a vida. A final de contas eu sou merecedora desse paraíso. Estou aposentada, já contribuir bastante para com o meu país.








Ainda no ritmo de aventura pelo estado da Bahia, seguimos viagem pra Valença, com destino ao Arquipélago de Tinharé com 26 Ilhas - Cairu, área de preservação Ambiental, mas precisamente para a localidade de Morro de São Paulo.




Morro de São Paulo é uma vila com praias e paisagens paradisíacas. É habitado por pessoas hospitaleiras, que têm prazer em  mostrar aos visitantes as maravilhas da natureza que há nesse lugar, está situado em uma ilha, sendo o acesso feito apenas  por barcos ou avião. Lá não circulam carros, o transporte é feito através de carros de mão. Por isso e por outras características únicas, transforma-se em um lugar especial para relaxar e conviver com as maravilhas que a natureza oferece, há muita badalação para quem gosta de agitos noturnos, tem várias opções de festas que vão até o amanhecer, regadas de muita gente bonita, alto astral e música para todos os gostos.
         







Há passeios lindíssimos, são oferecidos pelas agências de turismo. Podemos visitar as ilhas vizinhas, fazer o 
passeio em volta da ilha, fazer trilhas ecológicas com guias credenciados, conhecer a História de Morro de São Paulo visitando monumentos históricos da época colonial.





As principais praias do Morro de São Paulo estão localizadas ao sul e têm o nome de: Primeira Praia, Segunda Praia, Terceira Praia, Quarta Praia e Quinta Praia que também é conhecida como Praia do Encanto. Todas essas praias, com suas conhecidas águas mornas e transparentes, nos proporcionam o "verdadeiro banho de mar", e nos permitem uma conexão total com a natureza.
 






A Quarta e a Quinta Praia, são praias praticamente desertas, são verdadeiros oásis do sossego. A Segunda Praia é conhecida pela sua badalação e agito, tanto durante o dia como à noite.

Ao lado norte da vila de Morro de São Paulo há também a Praia do Porto de Cima, Praia da Ponta da Pedra e a Praia da Gamboa. Estas praias são mais conhecidas pelos moradores, são pouco frequentadas pelos turistas.


PRIMEIRA PRAIA
A Primeira Praia é a mais próxima da vila. Nela foram construídas as primeiras casas de veraneio. É a praia mais frequentada pelos moradores. Nela há algumas barracas onde é servida culinária típica baiana, e é na Primeira Praia de Morro de São Paulo também que está a maior tirolesa do Brasil, onde os turistas costumam aproveitar a aventura e curtir a paisagem do lugar.
SEGUNDA PRAIA
A Segunda Praia é a praia mais agitada e também a mais badalada da ilha de Tinharé. Nela está o agito todo do Morro de São Paulo. Existe um complexo de bares e restaurantes que garantem um bom atendimento aos turistas, e é aqui onde é divulgada toda a programação noturna.  À noite possui uma diversidade de barracas de artesanato e de bebidas típicas como "caipifrutas", e é aqui que acontece o "luau",regado de muita música e axé.
TERCEIRA PRAIA
A Terceira Praia de Morro de São Paulo possui um grande complexo de pousadas e restaurantes, e é dela que partem os passeios de barco oferecidos pelas agências locais. A faixa da praia fica bastante estreita no caso de maré alta. As Pousadas e os hotéis encontrados na Terceira Praia apresentam uma grande diversidade de preços, tem para todos os gostos e bolsos.
QUARTA PRAIA
A Quarta Praia de Morro de São Paulo é conhecida por suas águas calmas, mornas e cristalinas. Pela vasta presença dos típicos coqueiros da região e pela sua extensão de mais de quatro quilômetros de paz e tranquilidade que nos proporcionam uma caminhada inesquecível a beira mar.







QUINTA PRAIA
A Quinta Praia fica situada a seis quilômetros da vila, e é a mais bem preservada da ilha. São dois quilômetros de areia fina e branca, águas transparentes e mornas onde encontramos manguezais e podemos ter contato com a Mata Atlântica. Uma imensa barreira de corais dá forma a várias piscinas naturais, onde podemos mergulhar e observar a vida marinha nesse paraíso ecológico que é a Quinta Praia ou também chamado de Praia do Encanto de Morro de São Paulo. DO MORRO






A Praia da Gamboa fica ao norte da ilha. É no caminho dela que encontramos a Praia do Porto de Cima e a Praia da Ponta da Pedra.
A Gamboa do Morro de São Paulo é um vilarejo de pescadores, ainda pouco frequentada pelos turistas. Possui uma ótima infraestrutura para os visitantes. Há várias barracas à beira mar, onde é servida a culinária típica da região, em geral feita pelas famílias dos pescadores  que sabem oferecer hospitalidade e agradar ao paladar dos turistas.
TO NO MORRO
À noite a Praça Aureliano Lima, transforma-se em um dos pontos turísticos mais procurados de Morro de São Paulo.



Não apenas através do artesanato os artistas do Morro de São Paulo expressam sua arte. Existe também a arte com as palavras. A poetisa Ângela Toledo, expõe seus versos na feira, nas ladeiras do Morro de São Paulo e encanta os turistas. Como ela mesma costuma dizer: "Bem vindo ao ar desse paraíso”. Se você respirar fundo vai sentir o cheiro da poesia de Morro de São Paulo.


















Morro de São Paulo é um lugar fantástico, fascinante com belas praias paradisíacas e passeios de lanchas pelas ilhas.



A pequena Ilha de Boipeba de água calma e cristalina, com a maré baixa formam-se piscinas naturais. E pequena e bucólica vila de pescadores, restaurantes na beira do mar com rede espalhadas para você deitar depois do almoço, variadas opções para o almoço como: moqueca de lagosta, lagosta ensopada, lagosta, camarão, etc. Tudo muito delicioso. 





Na volta para o morro São Paulo, vale apena parar nas fazendas flutuantes de ostras e degustá-las com caipirinha.













Seguimos para Salvador de catamarã, uma viagem com muita emoção, e ponha emoção; mais ou menos 2h30. Devido o mar agitado, a embarcação jogava muito e os passageiros enjoavam, alguns chegando até desmaiar.










                               Elevador Lacerda e a vista da Baia de todos so Santos

Salvador possui mais de 2,8 milhões de habitantes, sendo o município mais populoso do Nordeste, o terceiro mais populoso do Brasil e o oitavo mais populoso da América Latina (superado por São Paulo, Cidade do México, Buenos Aires, Lima, Bogotá, Rio de Janeiro e Santiago). Sua região metropolitana, conhecida como "Grande Salvador", possuía 3 573 973 habitantes recenseados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que a torna a terceira área metropolitana mais populosa do Nordeste, sétima do Brasil e uma das 120 maiores do mundo. Por essas dimensões urbano-populacionais, é classificada pelo estudo do IBGE sobre a rede urbana brasileira como uma metrópole regional. Tais dados demográficos espalham-se por uma superfície de 693,276 km², ainda conforme o IBGE, cujas coordenadas, a partir do marco da fundação da cidade, no Forte de Santo Antônio da Barra, são 12° 58' 16'' sul e 38° 30' 39'' oeste.




A primeira sede da administração colonial portuguesa do Brasil, a cidade é uma das mais antigas da América. Era, antigamente, chamada de "Bahia" ou "cidade da Bahia". Também recebeu epítetos como RomaNegra e Meca da Negritude, por ser uma metrópole com uma percentagem grande de negros. De acordo com o antropólogo Vivaldo da Costa Lima, a expressão "Roma Negra" é uma derivação de "Roma Africana", cunhada por Mãe Aninha, fundadora do Ilê Axé Opó Afonjá. Nos anos 1940, em depoimento à antropóloga cultural Ruth Landes. Segundo Mãe Aninha, assim como Roma é o centro do catolicismo, Salvador seria o centro do culto aos orixás. Posteriormente, em seu livro Cidade das Mulheres, Landes traduziu a expressão como Negro Rome.Posteriormente, quando o livro foi traduzido para o português,Negro Rome transformou-se em Roma Negra.








                                       


 Sou apaixonada por Salvador, sempre que surge uma oportunidade para visita-la, lá estou feliz da vida. A cidade sempre me surpreende pela etnia, pela historia, pela diversidade cultural, pela orla maravilhosa com praias fascinantes, pela natureza exuberante e pela alegria do povo baiano.




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Apresentei a cidade ao meu irmão, pois ele não conhecia e ficou fascinado com a arquitetura local, com as igrejas e a cultura do Estado baiano.
Passeio pela cidade Histórica subiu no famoso elevador Lacerda, Largo do Pelourinho, Igreja do senhor do Bonfim, Igreja e Convento de São Francisco, Museu da Misericórdia.








                                                                    
  






E assim foi nossa aventura no ritmo da natureza, ou seja de todas as formas de natureza, com uma beleza surpreendente, o vento, a maré e outros fenômenos são responsáveis por formar piscinas naturais.Um pouco da historia dos primeiros habitantes, diversidade cultural e etnias do nosso majestoso Brasil.
Uma viagem fantástica em companhia da família. Viajar e tão gostos e fascinantes, principalmente conhecendo as beleza do nosso pais, em companhia das pessoas que amamos.