domingo, 6 de fevereiro de 2011

Sustentabilidade Cultural


A identificação de novos cenários mundiais leva-nos a compreender que somos cidadãos e cidadãs planetários e que temos o direito de estar suficientemente preparados para nos apropriarmos dos instrumentos da nossa e de outras realidades culturais para que de fato possamos participar da construção do mundo, o que significa estarmos preparados para elaborar as informações e ressignificar os conhecimentos produzidos que afetam nossa vida.

Educar para a sustentabilidade cultural que favoreça um futuro melhor a partir deste do novo paradigma do conhecimento significa ter consciência da existência de uma dialética entre as partes e o todo, o que fortalecerá o sentimento de sensibilização em relação ao meio e trará uma nova consciência ao ser humano. Coloca-nos a reflexão de que participamos de uma sociedade que além do comunitário, é também global. Significa capacitar homens e mulheres para as novas necessidades de uma ambiente global, para a compreensão da diversidade dos outros, para um profundo respeito pelo ser humano, levando-os a mudanças de valores e atitudes, na ética, baseados no principio da totalidade universal.

Cultura e Sustentabilidade são duas dimensões de referencias necessárias para se inserir no mundo contemporâneo. Ambas fornecem condições de mudanças visando as transformações que passa uma sociedade globalizada. Atualmente é comum se falar em desenvolvimento sustentável e como entendemos aqui cultura como uma dimensão do processo social, podemos tranquilamente pensar em cultura sustentável.

O homem despertou neste final de milênio, para o valor da preservação e utilização racional dos elementos do ambiente, estabelecendo uma nova forma de pacto entre a humanidade e o ambiente, pois: “Para que a vida permaneça possível para que o gênero humano se perpetue, e derrubemos a ética humanística ou antropocêntrica clássica, elaboremos um contrato natural, remetendo como o próprio seres nos que diz respeito a idéia de uma ética objetiva centrada sobre o real”.

Precisamos buscar uma nova visão e postura frente às mudanças por uma perspectiva filosófica considerando o ser humano global – além das diferenças condicionadas pelo ambiente, pelo gênero, religião, raça, idade, educação, situação histórica, social, econômica, política e cultural, visto que cada pessoa deve ser encarada a partir de uma identidade que tem a influencia de inúmeros aspectos da vida e da sociedade a qual pertence. A reflexão sobre o que somos e quem somos pode contribuir a fim de melhorar a própria qualidade de vida.

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