domingo, 17 de outubro de 2010

Áreas da Amazônia Brasil vai leiloar


Depois de anos de disputas judiciais e resistência política, o governo está retomando as concessões para a exploração de madeira por particulares. “O futuro da Amazônia, combatendo o desmatamento e dando respostas a mudança climática, é fortalecer a gestão florestal, não vejo outra solução”, disse Antonio Carlos Hummel, diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro, durante o evento REUTERS GLOBAL CLIMATE AND ALTERNATIVE SUMMIT.

O Brasil vai leiloar enormes áreas da Amazônia para que sejam administradas por cooperativas e empresas privadas de extração de madeira, na esperança de que contribua com a redução do desmatamento ilegal, disse uma importante autoridade do governo na segunda-feira, dia 11/10/10 à REUTERS.

O governo oferecerá até o final do ano quase um milhão de hectares para a exploração privada da madeira, área que dentro de cinco anos deve chegar a 11 milhões de hectares.

As concessões atuais somam apenas 150 mil hectares. Ao contrário da prática ilegal voltada para queimada e derrubada de árvores, que já destruiu quase 20 % da Amazônia, a gestão sustentável extrai apenas um número de árvore que a floresta seja capaz de regenerar naturalmente. Quando o governo começou a preparar as concessões, em 2003, enfrentou forte oposição de políticos conservadores que apontaram uma privatização do patrimônio brasileiro. “Na época não explicamos claramente o processo. Hoje está tudo esclarecido. Há mais de um ano existe um questionamento de privatização”, disse Hummel.

Segundo o funcionário, as concessões ajudam a impor um maior controle estatal na Amazônia, dificultando ocupações e grilagens. Enquanto o desmatamento ilegal em geral produz riqueza para poucos, as concessões florestais, ao menos no papel, geram empregos duradouros e arrecadação para os cofres públicos. (Correio do Amapá)

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