O Educador não pode ser uma pessoa ingênua. Ele deve ter bem presente que seu trabalho não constitui uma tarefa neutra, desligada da estrutura socioeconômica e política concreta na qual ele está inserido, pelo contrário ele sabe que seu trabalho está intimamente relacionado com esta estrutura mais ampla: ou serve para mantê-la ou para modificá-la.
Nesta perspectiva, surge a necessidade de ter ele uma opção política definida que lhe possibilite responder questões como estas:
- Para quem trabalho? Para que fim? O que desejo com educador?
O fato de saber que sua atuação como educador procede de opções, de uma concepção de homem e de mundo, de determinados modelos de pensamento e de ação que ele aceita como melhores que outros, torna-o mais seguro em relação a elemento essenciais que fazem parte de seu trabalho.
Está consciente, sobretudo, das qualidades indispensáveis que precisa cultivar junto aos demais para ser um autêntico agente de libertação.
Acredita profundamente no seu trabalho, e crer, sobretudo, no poder criador dos homens, pois sabe que eles, juntos, refletindo e atuando sobre sua realidade, podem e devem transformá-la.
O professor, portanto, tem de estar seguro da filosofia que dá sentido a sua ação pedagógica; tem de conhecer basicamente Biologia, Psicologia e Sociologia, já que trata com seres humanos, tem de dominar teorias de aprendizagem e conhecer profundamente os princípios didáticos nos quais ele apóia suas decisões em sala de aula, e fora dela.
O educador é, essencialmente, uma pessoa em constante busca; indivíduo que, explorando positivamente os conflitos e contradições que a realidade apresenta, ajuda todos a crescerem e cresce junto com todos. Deve ser inquieto, curioso, questionador, alegre, confiante e esperançoso.
“A educação é um ato de amor, por isso um ato de coragem. Não pode temer o debate, a análise da validade; não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa”. (Paulo Freire)
Parabéns pelo Dia do Professor!!!
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